Antes tabu nas escolas, o bullying ganha cada vez mais espaço como tema de aula. Colégios apostam em estratégias diversas – de cartilhas a teatros – para prevenir e combater esse tipo de violência. Uma lei federal, que começa a vigorar nesta semana, vai obrigar toda as escolas a ter ações contra o bullying.
Além dos estabelecimentos de ensino, a nova regra vale para clubes e agremiações recreativas. Pais e professores também devem ser orientados sobre bullying – quando há perseguição sistemática, física ou psicológica, presencial ou virtual. Outra previsão é dar assistência psicológica e jurídica às vítimas e aos agressores.
Na maioria das escolas, as ações mais intensas são no ensino fundamental 2 (6º ao 9º anos), quando os alunos começam a adolescência.
ATENÇÃO
Segundo Marta Angélica Iossi, especialista em saúde escolar, é importante que as escolas deem voz às crianças e adolescentes. “Muitos adultos encaram o bullying como natural da idade. Mas, quando causa sofrimento, não é.”
Outra preocupação deve ser com o agressor. “Ele não deve ser punido, também precisa de ajuda. A maioria dos programas só olha a vítima”, aponta ela, da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto.
Para a psicopedagoga Maria Irene Maluf, é difícil lidar com os pais. “Muitos não veem a situação com clareza. Devem ser tratados ao lado da criança.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.