Entidade diz que Município alterou projeto aprovado em 2015, mas não comunicou à Caixa. Alterações foram solicitadas, mas não foram feitas
A Caixa Econômica Federal respondeu ao pronunciamento do vereador Renato Pike (PR) na tribuna da Câmara de Vereadores de Canoinhas na segunda-feira, 13, reclamando que mesmo já estando licitada e no aguardo da assinatura da ordem de serviço, a tão esperada obra de asfaltamento na continuidade da rua Bernardo Olsen, no sentido bairro Alto da Tijuca à sede do distrito de Marcílio Dias, pode não iniciar este ano por, segundo ele, culpa da Gerência Executiva de Governo (Gigov), ligada a superintendência regional da Caixa Econômica Federal em Joinville, que teria barrado o projeto de engenharia alegando falta de documentações inerentes as especificações da obra.
Na nota enviada à imprensa, a Caixa diz que em 2015, aprovou projeto de pavimentação dos trechos 01 e 02 da rua Bernardo Olsen. Segundo a Caixa, o trecho 01, contratado em 2015, aguarda a liberação dos recursos pelo Ministério Gestor para que a Caixa possa emitir autorização para o início das obras. Já o trecho 02 não foi empenhado pelo Ministério das Cidades e não pôde ser contratado.
“A Caixa ressalta que, em 2016, o município de Canoinhas apresentou nova proposta para o trecho 02, objetivando a contratação através de orçamento impositivo. Entretanto, o projeto contém especificações diferentes daquele que havia sido aprovado pelo banco em 2015. Em virtude disto, a Caixa solicitou esclarecimentos ao município e prestou assistência técnica para sanar as divergências. No entanto, até o momento o banco não recebeu o projeto corrigido para análise”, diz a nota.
A Caixa diz ainda que as regras dos programas são definidas pelo Ministério das Cidades, a quem cabe a decisão de selecionar ou não as propostas dos municípios, e são aplicadas em todo território nacional.
“A Caixa possui atualmente R$ 10,3 milhões em contratos ativos para obras com a prefeitura de Canoinhas e utiliza sua equipe técnica para auxiliar o município na otimização desses recursos e na obtenção de novas seleções junto aos diversos ministérios”, encerra a nota.
O secretário de Planejamento de Canoinhas, Gilson Guimarães, negou que o projeto reapresentado tenha divergências. Ele admite, no entanto, que a Caixa pediu três alterações simples no projeto. Essas alterações, segundo Guimarães, serão entregues na próxima semana.
Pike disse que não recebeu resposta da Caixa, mas que assim que receber vai cobrar explicações do prefeito Beto Faria.