Câmara aprova reajuste de 11,2% para servidores de Bela Vista

Votação gerou polêmica e embate entre prefeito atual e o eleito                                                                

 

A noite de terça feira, 6, foi agitada na Câmara de Vereadores de Bela Vista do Toldo. Servidores públicos municipais lotaram a plateia para acompanhar a votação do reajuste salarial que, segundo eles, não vem há dois anos.

 

Alberti defendeu retirada do projeto de pauta/Biluka/JMais
Alberti defendeu retirada do projeto de pauta/Biluka/JMais

Na plateia, além dos servidores, estavam vereadores eleitos em outubro passado, o futuro prefeito, Adelmo Alberti (PSDB) e seu vice, Carlinhos Schiessl (PSD), que tentaram convencer os vereadores atuais de que aprovar a reposição poderia comprometer os cofres públicos a partir de 2017, já que segundo Alberti, o valor extrapola o orçamento para folhas de pagamento. Alberti usou a tribuna e lembrou que a aprovação do projeto de lei seria uma arbitrariedade, considerando “que em 180 dias finais de mandato não se pode gerar aumento de despesas”. Ao final de sua fala pediu para os vereadores retirarem o projeto da pauta e analisarem melhor o impacto financeiro do projeto. “Estão jogando uma bomba no meu colo para 2017”, desabafou em tom alto e forte.

 

O vereador Antonio Alberti anunciou que iria votar contra o aumento. Ele foi vaiado ao sair da tribuna, mas logo adiante não aguentou a pressão popular e voltou atrás dizendo que não era contra a aprovação e sim da maneira que estava sendo colocado.

 

Já a vereadora Mariza Schiessl propôs uma emenda parcelando o aumento de 11,28% em três vezes. “Com isso ficaria bom para todos”, afirmou, mas a sugestão não foi acatada pelos demais vereadores.

 

Gilberto Damaso da Silveira/Biluka/JMais
Gilberto Damaso da Silveira/Biluka/JMais

DESABAFO

Prefeito Gilberto Damaso (PMDB) explicou que não mandou antes o projeto porque estava sem dinheiro em caixa para fazer isso. Lembrou que durante seu mandato algumas secretarias ficaram sem seus respectivos secretários e com isso conseguiu economizar. “Agora vamos dar o aumento salarial que é um direito de todos”, destacou Damaso.

 

Em tom de desabafo e aproveitando a casa cheia o atual prefeito falou que deixa a prefeitura em dia, com salários em dia, décimo terceiro pago integralmente, obras em andamento e fornecedores todos pagos em dia. “Não vou deixar nada atrasado”, garantiu. Ele afirmou que pegou o município quatro anos atrás com uma dívida de quase R$ 3 milhões. Damaso garantiu que o reajuste de 11,28% estará incluso na folha de dezembro do funcionalismo.

 

VOTAÇÃO

Após os discursos e as tentativas para que o projeto não fosse pra votação o presidente da casa Osni Cristiano Niedzielski abriu a votação.

 

Um vereador pediu abstenção da votação, dois foram contra e seis pela aprovação do reajuste salarial. Ao final da sessão o que pode ser ouvido dos presentes foram expressões de cautela, já que ainda falta a segunda votação que ficou agendada para a sessão da próxima terça-feira, 13. “Se passou na primeira a segunda vai também. Vamos trazer mais pessoas aqui com panelas para pressionar e aí sim garantirmos o que de direito é nosso, por que vemos que é só na base da pressão que vai acontecer”, afirmou um dos servidores presentes.

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