Câmara de Canoinhas aprova aumento para diárias do Executivo

Valor pago ao Executivo deve equivaler ao pago aos servidores do Legislativo                                                                         

 

Com votos contrários de Paulinho Basílio (MDB), Camila Lima (MDB) e Norma Pereira (PSDB), a Câmara de Vereadores de Canoinhas aprovou em primeira votação na noite desta segunda-feira, 19, projeto de lei que aumenta o valor pago como indenização por viagens aos servidores do Executivo. A segunda votação acontece nesta terça-feira, 20.

 

 

Segundo o projeto, o reajuste as diárias, sem reposicão desde 2001, passam a seguir o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) contando a partir de 2005. A ideia é aproximar o valor do pago hoje para os servidores do Legislativo. Hoje a Câmara paga diária de R$ 462 dentro do Estado e regiões limítrofes.

 

 

Com a aprovação do projeto, serão pagos R$ 0,60 por quilômetro rodado quando o prefeito ou o vice viajarem com carro próprio. Exemplificando, uma viagem para Florianópolis renderia indenização de R$ 480. Esse mesmo valor seria pago para indenizar diárias de hotel. Uma viagem de três dias a Capital, por exemplo, renderia indenização de R$ 1.440 para hospedagem, além dos R$ 480 pagos pelo combustível. A alimentação será paga com base em decreto a ser editado pelo prefeito.

 

 

Para secretários e motoristas, o valor da diária cai para R$ 200. Os motoristas, principal justificativa do Executivo para aumento das diárias, recebem hoje R$ 70 por dia de viagem.  “Entendo que o projeto é justo porque logo os motoristas da prefeitura não terão mais como dormir em Florianópolis. Terão de dormir no carro”, justifica prefeito Beto Passos (PSD), reconhecendo, no entanto, que o projeto é polêmico porque, também, reajusta as diárias para o prefeito, vice e secretários. A média de ressarcimento para prefeito, vice e secretários, hoje, é de R$ 200 por dia.

 

 

 

Pelo projeto, o reajuste anual passa a ser automático, sempre com base no INPC de janeiro. A verba para alimentação não entra no reajuste. Ela será reajustada anualmente por meio de decreto, conforme o projeto de lei.

 

 

Vereador Paulinho Basílio justifica seu voto contrário. “Entendo que o projeto deveria ser desmembrado. A ideia inicial era de acabar com a injustiça com os motoristas, mas acabou beneficiando todos.” Ele também questiona o fato de a verba alimentação ser fixada por decreto. “Daqui a pouco o prefeito fixa quanto quiser”, pondera. “Isso não combina com o discurso de economia”, alfineta.

 

 

Sobre o valor da diária ser praticamente igualado ao do Legislativo, Paulinho  diz que  “sou contra”, afirma, propondo que o valor seja reduzido.

 

 

 

 

 

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