Reunião na manhã desta segunda-feira, 28, no Centro de Operações Coordenadas tenta traçar estratégias para garantir entrada de insumos básicos na cidade
Caminhoneiros acampados na BR-280, nos três acessos a Canoinhas, informaram em reunião na manhã desta segunda-feira, 28, no Centro de Operações Coordenadas da Defesa Civil que pretendem continuar a paralisação. Eles rejeitam as propostas feitas pelo presidente Michel Temer na noite deste domingo, 27. A reunião ainda está acontecendo, mas ao que tudo indica, os grevistas estão irredutíveis.
Representantes de várias entidades como a própria Defesa Civil, Cidasc, Gerência Regional de Saúde e Educação, Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e Polícias Civil e Militar estão reunidos com representantes dos caminhoneiros para traçar estratégias a fim de manter fornecimento de insumos básicos para a cidade caso não haja mudança de posicionamento nesta segunda-feira.
ABCAM
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) confirmou nesta segunda-feira, 28, a assinatura do acordo para pôr fim à paralisação dos caminhoneiros autônomos. O governo federal decidiu congelar por 60 dias a redução do preço do diesel na bomba em R$ 0,46 por litro, valor referente ao que seria a retirada do PIS/Cofins e da Cide sobre esse combustível. Depois desse período, o preço do diesel será ajustado mensalmente. Além disso, a alíquota da Cide sobre o diesel será zerada até o final do ano.
“A Abcam considera o acordo assinado uma vitória, já que o anterior previa uma redução de apenas 10% por apenas 30 dias. Entretanto, a associação acredita que até dezembro deste ano o governo encontre soluções para que essa redução seja permanente”, informou a associação, em nota.
Ministros que integram o gabinete de crise e representantes da área econômica do governo passaram o dia reunidos, neste domingo, 27, no Palácio do Planalto, para calcular os impactos do acordo, assinado à noite por lideranças dos caminhoneiros autônomos.
“Sendo assim, já que o objetivo foi alcançado, a Abcam pede a todos os caminhoneiros que voltem ao trabalho”, diz a nota da entidade.
Em mensagem, o presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, pediu que os caminhoneiros voltem satisfeitos e orgulhosos. “Conseguimos parar este país e sermos reconhecidos pela sociedade brasileira e pelo governo. Nossa manifestação foi única, como nunca ocorreu na história. Seremos lembrados como aqueles que não cederam diante das negativas do governo e da pressão dos empresários do setor. Teremos o reconhecimento da nossa profissão, de que nosso trabalho é primordial para o desenvolvimento deste país. Voltem com a sensação de missão cumprida, mas lembrando que a luta não termina aqui”, disse.