Para os vereadores, se não haver consenso em torno de uma candidatura, a cidade seguirá sem representante
A TRAGÉDIA DAS ELEIÇÕES
Durante fala da vereadora Norma Pereira (PSDB) na sessão desta segunda-feira, 15, os vereadores de Canoinhas lamentaram o fato de a região não ter feito um representante tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara dos Deputados. Defenderam uma união de esforços no sentido de que se tenha um candidato único, pelo menos na comarca e para a Assembleia.
Na sequência, o vice-prefeito Renato Pike (PR) falou a fim de agradecer o apoio que o deixou como segundo suplente do partido. “Eu disse que o Planalto Norte teria um deputado estadual com 25 mil votos, ou nenhum”, disse. Pike precisaria, justamente, de 25 mil votos para ser eleito.
Pike fez um apelo para que nas próximas eleições “se esqueça as bandeiras partidárias e se pense na região”. Com uma leve variação, Leoberto Weinert (MDB) disse praticamente a mesma coisa na semana passada em entrevista ao programa Fala Cidade, da 98FM.
Pike se disse entristecido por ter feito mais votos fora do que dentro de Canoinhas.
De fato, Canoinhas conseguiria eleger ao menos Pike se não tivesse pulverizando tantos votos entre candidatos paraquedistas. Canoinhas distribuiu votos para 231 candidatos a deputado estadual.
O CUSTO DA EDUCAÇÃO
Vereadores de Canoinhas apreciam nesta terça-feira, 16, projeto de lei que revoga lei de 2000 que permitia que servidores públicos municipais requeressem ajuda de custo para cursos de pós-graduação. Segundo o Município, ninguém nunca se beneficiou da lei, mas há pedidos baseados nela. “Assim, segundo orientação do Ministério Público, tem-se que a lei tem de ser revogada para não gerar expectativa de direito e trazer insegurança jurídica”, justifica o Município.
ENROLADO
O leilão do patrimônio da empresa Fuck SA não encerrou a disputa jurídica. A família recorre da decisão de leiloar os imóveis no bairro Industrial número 1, o que deixa em suspenso os investimentos da Brasnille, que arrematou o lote.
AS CONTAS
O leitor Diego Bechel fez as contas e constatou quanto custaram os votos dos candidatos da região.
Norma Pereira teve 85,23% dos recursos da campanha originários do Fundo Especial para Financiamento de Campanha (FEFC), 14,2% oriundos do Fundo Partidário (FP) e 0,57% de recursos próprios.
Adriana Dornelles, de Mafra, teve 59,27% do valor oriundo de doações de pessoas físicas, 6,75% doação de RONIs e 33,97% de recursos próprios.
Reanto Pike teve 23,28% do valor oriundo do FEFC, 8,73% doações de pessoas físicas e 67,99% de recursos próprios.
Leoberto Weinert teve 32,84% oriundos de doações de pessoas físicas, 47,3% doações de candidatos e 19,86% recursos próprios.
Outros candidatos não tem dados até o momento.
Adriana Dornelles e Leoberto Weinert não utilizaram dinheiro público na campanha. Norma Pereira utilizou R$ 177.250,00 dos fundos partidários. Renato Pike utilizou R$ 50 mil do fundo público.
“Nós tivemos a grande chance de ter um governador do Planalto Norte”
do vice-prefeito Renato Pike (PR) sobre Mauro Mariani (MDB)
CONTRASTES
Antes da campanha o PT de Fernando Haddad defendia a ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela e usava o vermelho como cor base. Agora esconde as opiniões polêmicas, esquece (temporariamente) Lula e usa o verde e amarelo.
Antes da campanha, Jair Bolsonaro (PSL) dizia que não queria nem ser vizinho de gays e que preferia um filho morto a um filho homossexual. Agora, grava vídeo ao lado de um gay dito famoso se derramando em elogios ao capitão.
Vale tudo para ganhar a eleição.