Canoinhas está virando a cidade do “lá tinha”

Edinei Wassoaski comenta sobre o fechamento de empresas e repartições públicas                                        

 

Há duas semanas abordei aqui na coluna a história lastimável que culminou no sucesso de Mafra como polo regional. Com ajudinha do governador, tapinha nas costas e direcionamentos nada casuais, a cidade vizinha está deixando Canoinhas para trás.

 

 

     Duas notícias recentes me fazem voltar ao assunto: o fechamento quase consumado da exatoria estadual e a ameaça de fechamento da agência do INSS – apesar de a Previdência negar, não temos médicos peritos há meses, o que mostra a semifalência do posto.

 

 

     Some-se a isso o fechamento do escritório do Sebrae, posto do Hemosc, da Farmácia Popular, de empresas como a Fuck e a Phillips Morris e a concentração dos serviços administrativos da Universidade do Contestado (UnC) justamente em Mafra e se vê que não é má vontade de quem diz que Mafra se tornou nossa cidade-polo.

 

 

     A expressão pode soar exagerada, mas alguém duvida de que, nesse ritmo, Canoinhas vai virar cidade-satélite mesmo?

 

 

     Em início de preparativos para novas eleições, é o momento certo para elaborarmos uma pauta de reivindicações que priorize não a conquista de avanços, mas principalmente a manutenção dos serviços de que já dispomos.

 

 

    Não podemos deixar a posição geográfica ou a falta de representação política deprimir economicamente ainda mais uma cidade que já ocupou lugar de destaque entre as dez maiores economias do Estado e que hoje passa longe desse grupo ocupando a 34ª posição no ranking do PIB catarinense.

 

 

A PROPÓSITO: A entrevista com o deputado federal Mauro Mariani (PMDB) publicada na semana passada aqui no JMais provocou a ira dos internautas. Pré-candidato a governador, Mariani deveria encontrar aqui seu habitat natural, com ampla vantagem de votos em relação aos demais. Os comentários, no entanto, não permitem essa certeza. Foram mais de 50 comentários desancando o político por ter votado contra a investigação da primeira denúncia relacionada ao presidente Michel Temer. Os entusiastas do pé vermelho garantem que não haverá melhor governador para o Planalto Norte.

 

 

Diga-me como votas…

 

… e te direi quem és. Esse é o mantra que o prefeito Beto Passos (PSD) vem recitando nos últimos dias. Teve uma boa resposta a essa questão durante a votação dos vetos aos projetos de lei que instituíam o programa Jovem Aprendiz municipal e a transmissão online ao vivo de licitações. No primeiro caso, contou com o apoio do líder do governo na Câmara, Paulo Glinski (PSD), e do presidente  Wilmar Sudoski (PSD). No segundo caso, ganhou mais os votos dos suplentes Chico Mineiro (PR) e Ivan Karuncho (PR). Quer dizer, a base aliada manda um recado de que não anda muito satisfeita.

 

 

No caso de Zenici Dreher (PR), o estremecimento se deve à disputa pelo comando da Secretaria de Saúde. Gera questionamento, no entanto, o que leva Coronel Mário Erzinger (PR) a votar contra o governo, assim como os dois suplentes, que lá estão por vontade do Executivo, que retém os titulares das vagas.

 

 

Quem acompanha a questão de perto garante que Passos, ou melhor, Renato Pike (PR), não vai deixar barato.

 

 

“Para este ano não sai”

do secretário executivo regional, Aloísio Salvatti, sobre a obra de recuperação da SC-477, rodovia que liga Canoinhas a Major Vieira. Licitação ainda nem saiu

 

 

OUTUBRO ROSA

Presidente da Câmara de Canoinhas, Wilmar Sudoski (PSD) apresentou Projeto de Lei que institui no calendário de eventos do município de Canoinhas o mês  “Outubro Rosa”. O projeto foi aprovado em segunda votação na sessão desta terça-feira, 17, com a presença de representantes da Rede Feminina de Combate ao Câncer da cidade.

 

 

Resposta para a oposição

Em relação à nota “Sem Trégua” publicada na coluna há duas semanas que dizia que Beto Passos veta “sem dó o que vem da oposição”, sua assessoria observa:

 

  • O critério para vetar projetos de lei não tem nenhuma ligação com o fato de os projetos serem propostos pela oposição.

 

  • O critério utilizado para vetar o projeto de lei é o da legalidade –, independente se o projeto tem origem da oposição ou da situação.

 

  • Todos os projetos vetados até o momento não atenderam os ditames legais, possuindo vício de origem, pois criam despesas para a Administração Municipal.

 

 

 

ENCONTRO VIRTUAL: Comitiva de Canoinhas liderada por Beto Passos com o secretário adjunto da Fazenda Renato Lacerda, em Florianópolis. Passos postou vídeo no qual Lacerda explica que a decisão de fechar a exatoria de Canoinhas foi muito bem pensada e não é isolada. Ele disse que praticamente todos os serviços podem ser feitos pela internet.

 

 

1 Computador por Aluno

Vereador Coronel Mário Erzinger (PR) recebeu resposta ao requerimento que questionava que fim deu o programa Um Computador Por Aluno. Ficou estarrecido. Soube que o projeto se encerrou por problemas com a conexão à internet, a defasagem do programa e o alto custo de manutenção.

 

Para Erzinger, embora as justificativas sejam plausíveis, não dá para descontinuar um projeto desse vulto.

 

Um Computador por Aluno foi implementado pelo então prefeito Leoberto Weinert (PMDB) em 2012, apontado como um dos grandes avanços municipais em educação.

 

 

RÁPIDAS

DIÁRIA: Muita gente ainda não entendeu que motivo justificou viagem paga pela Câmara de Três Barras ao custo de R$ 875 a auxiliar de serviços gerais Eli Aduba.

 

 

DIÁRIA 2: Presidente da Câmara, Laudecir Barriga (PR) disse que Eli é concursada como faxineira, mas ajuda, também, nos trabalhos legislativos. O curso de um dia que ela fez, acrescenta, contempla relacionamento pessoal.

 

 

FIM DA POLÊMICA?: Nova lei sancionada pelo Planalto nesta semana possibilita que militares julguem casos que antes eram apurados pela Polícia Civil e enviados à Justiça Comum.

 

 

R$ 68 MILHÕES: Foi quanto os laboratórios pagaram em multa por vender remédios acima do preço máximo para o SUS desde 2008.

 

 

38%: Dos brasileiros acham um possível governo militar muito bom, segundo pesquisa.

 

 

ALIÁS: A revista Época mostra nesta semana que a corrupção graceja também nos quartéis.

 

 

R$ 1 MILHÃO: É quanto os candidatos a deputado estadual poderão gastar em 2018. Para o Congresso, R$ 2,7 mi.

 

 

PERGUNTA PERTINENTE:

Por que não avança o projeto que acaba com as aposentadorias de ex-governadores de SC?

 

 

 

 

 

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