Rapaz de 17 anos é o mesmo que esfaqueou taxista durante tentativa de assalto no sábado, 2
O adolescente de 17 anos (e não 16 como anteriormente informado) que foi detido depois que esfaqueou um taxista durante tentativa de assalto na noite de sábado, 2, confessou outro crime ocorrido na semana passada, no distrito canoinhense de Campo d’Água Verde.
Depois de ouvir cinco testemunhas que afirmavam ter sido ele o responsável pela morte de Valmor Durau, 57 anos, assassinado com dois golpes de machado na tarde de quarta-feira, 30, na rua Valdemiro Olsen, o delegado responsável pela Divisão de Investigação Criminal (DIC), da Polícia Civil de Canoinhas, Flavio Lima e Silva Junior, disse não restar dúvidas de que o menor teria sido o autor do crime. Como ele já estava detido na Delegacia por causa do episódio envolvendo o taxista, os policias voltaram a questioná-lo nesta terça-feira, 5. Durante o depoimento ele acabou confessando que entrou para furtar na casa da cunhada de Durau, que fica no mesmo terreno onde ele morava e que foi confundida pelo menor. Na verdade, o rapaz queria furtar uma suposta sacola de moedas que Durau colecionava e que somaria mais de R$ 10 mil. Ele teria ouvido essa história de terceiros, o que não foi confirmado pelos parentes de Durau, que era marceneiro e morava sozinho.
O menor acabou sendo surpreendido por Durau e entrado em luta corporal com ele. Durante a briga Durau teria pegado o machado, que foi tomado de suas mãos pelo adolescente. Com dois golpes de machado na cabeça, o menor deixou Durau agonizando e fugiu sem levar nada.
Durau morreria cerca de duas horas depois no Hospital Santa Cruz.
O delegado regional Rui Orestes Kuchnir já concluiu o inquérito e o encaminhou para a Promotoria. A ideia é que este inquérito garanta mais cinco dias de detenção do menor na Delegacia, somando-se aos cinco dias já concedidos pela Justiça no caso do taxista.
Neste tempo, o delegado espera conseguir uma vaga para internar o menor em um Centro de Internamento Provisório (CIP). Com os atos infracionais a ele imputados, o menor pode ficar até três anos internado. Encontrar vagas no Estado, no entanto, é bastante difícil. “A Promotoria e a Delegacia estão empenhadas, mas não é fácil”, admite Kuschnir.
Kuschnir, que ouviu o menor, diz que ele é o “suprassumo da frieza” ao relatar seus crimes. Ele alcançará a maioridade em abril de 2018.