Índice retrata as cidades brasileiras a partir do comportamento da população quanto ao poder de consumo
Canoinhas tem o 32º maior potencial de consumo em 2019 entre os 295 municípios catarinenses. É o que aponta o estudo IPC Maps 2019, especializado no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais divulgada nesta semana. O levantamento, baseado no índice de inflação IPCA, busca retratar as cidades brasileiras a partir do comportamento da população em relação a compra de bens e serviços.
Pelo levantamento, os canoinhenses têm disposição de gastar R$ 1,266 bilhão neste ano. No ranking regional, Canoinhas só perde para Mafra, que deve movimentar R$ 1,415 bilhão neste ano. Ainda falando da região, Bela Vista do Toldo tem o menor potencial de consumo, com R$ 94 milhões projetados.
POTENCIAL DE CONSUMO NA REGIÃO DE CANOINHAS
Ocupando a 32ª posição no ranking estadual, Canoinhas melhorou em relação ao ranking divulgado em 2018, quando ficou na 36ª posição. Mafra, por sua vez, recuou da 27ª a 29ª posição.
ESTADO
De acordo com o levantamento, a participação de mercado de Santa Catarina no cenário nacional é de 4,7%. Com 7,1 milhões de habitantes, o Estado aparece em sétimo no contexto brasileiro entre as maiores projeções de consumo do país.
Pelo segundo ano consecutivo, Joinville lidera com o maior potencial de consumo do Estado. A expectativa é de que a população joinvilense desembolse até R$ 21,68 bilhões no ano — a participação no mercado catarinense é de 0,46266%. No ranking geral, Joinville é a 22ª cidade no país com maior projeção de gastos.
Assim como no ano passado, Florianópolis ficou na segunda posição estadual e na 33ª nacional, com previsão de consumo de R$ 17,57 bilhões. Em terceiro lugar estadual aparece Blumenau, no Vale do Itajaí, com potencial de consumo de R$ 13,44 bilhões. Nacionalmente, é o 46º município com maior projeção no país. Entre as cidades com menor potencial de consumo estão Santiago do Sul, Macieira e Flor do Sertão.
NACIONAL
Em 2019, o consumo das famílias brasileiras continuará não só em crescimento, como também deverá impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do País. Na contramão das últimas expectativas, a economia tem potencial para movimentar cerca de R$ 4,7 trilhões, sendo responsável por 64,8% da somatória de bens e serviços deste ano.
Ainda segundo o levantamento, as capitais perderão espaço no consumo (de 29,6% em 2018 para 28,9% este ano) e, em contrapartida, o interior dos estados voltará a dar sinais de recuperação, elevando de 54% para 54,4% a movimentação de recursos neste ano.
Com mais de 210 milhões de habitantes, o Brasil concentra 84,8% dos seus cidadãos (178,1 milhões) na área urbana, que respondem pelo consumo per capita de R$ 24.420,15. Enquanto isso, os gastos dos 31,9 milhões de cidadãos rurais correspondem a R$ 10.498,72 por habitante.
HÁBITOS DE CONSUMO
Além de traçar um comparativo por classes sociais, o estudo também revela onde os consumidores gastam sua renda. Nesse quesito, o cenário continua praticamente igual ao do ano passado, com os seguintes itens básicos no topo da lista: manutenção do lar (incluindo aluguéis, impostos, luz, água e gás) — 26,8%; alimentação (no domicílio e fora) — 17,3%; transportes e veículo próprio — 7,4%; medicamentos e saúde — 6%; vestuário e calçados — 4,8%; materiais de construção — 4,3%; recreação, cultura e viagens — 3,2%; eletrodomésticos e equipamentos — 2,4%; educação e higiene pessoal — 2,2% cada; móveis e artigos do lar — 1,9%; bebidas — 1,3%; artigos de limpeza — 0,7%; e fumo — 0,6%.
FAIXAS ETÁRIAS
A exemplo dos últimos anos, a população segue envelhecendo. Em 2019, mais de 29 milhões de brasileiros terão 60 anos ou mais, sendo a maioria formada por mulheres. Na faixa etária economicamente ativa, de 18 a 59 anos, esse número é de 127,2 milhões,
ou 60,5% do total dos habitantes. Representando a minoria, os jovens e adolescentes, entre 10 e 17 anos, somam 24,4 milhões, sendo superados pelas crianças de até 9 anos, que já representam 29,4 milhões.