Oscar Gonçalves do Rosário ficou nacionalmente conhecido por crime bárbaro pelo qual foi acusado. Justiça reconheceu que houve falhas no processo de investigação
O Estado de Santa Catarina foi condenado na sexta-feira, 6, a ressarcir em R$ 40 mil o canoinhense Oscar Gonçalves do Rosário, que ficou preso durante 3 anos e 14 dias acusado de matar Gabrielli Cristina Eicholz, de 1 ano e meio, encontrada em um tanque batismal de uma igreja evangélica de Joinville em 2007. O pedreiro foi solto em 2010, quando a Justiça anulou o processo, com a alegação que a confissão do crime foi feita mediante pressão policial. O caso foi arquivado, informou o Ministério Público.
Inicialmente, em 2011, a defesa de Rosário solicitou R$ 8 milhões em indenização pelos danos gerados a imagem de Oscar e de sua família. A decisão do dia 6 de maio é de primeira instância, julgada pela Comarca de Canoinhas, e a defesa vai entrar com recurso no Tribunal de Justiça por valor maior.
“A polícia, o delegado, o promotor, a perícia e a Justiça falharam. Uma pessoa foi presa por um crime terrível, matar uma criança belíssima dentro de um templo, ter estuprado e jogado numa pia. Nada disso aconteceu. O Estado tem que dar uma resposta a a todos “os Oscar” que são fabricados culpados”, disse o advogado de defesa de Rosário, Antônio Anacleto.
Conforme a Procuradoria Geral do Estado, a decisão ainda não foi recebida pelo órgão e enquanto o estado não for intimado, não se pronunciará.
Rosário atualmente trabalha, está casado e tem um filho.