Carreiras: o que faz o agente autônomo de investimentos

Esse profissional é responsável por  prospectar clientes para as corretoras de valores

 

 

Nos últimos quatro anos, o número de investidores cadastrados no Tesouro Direto e na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) vem registrando crescimento. Em março de 2019, o número de cadastrados no Tesouro Direto chegou a 3,3 milhões, aumento de 194,1% em relação a janeiro de 2015 . Na B3, em um ano, crescimento foi de 38% e ultrapassou-se a marca de um milhão de cadastros. Isso demonstra um aumento no interesse da população em novas formas de investimento, com rentabilidades superiores à oferecida pela  tradicional caderneta de poupança.

 

 

Esse cenário abriu caminho para o aumento de demanda de profissionais em todo o mercado, em especial, pelo profissional que atua auxiliando os investidores a fazerem melhores escolhas para aplicar o seu dinheiro: o agente autônomo de investimentos.

 

 

 

Como trabalha o agente autônomo de investimentos

Esse profissional é responsável por  prospectar clientes para as corretoras de valores, apresentar, fornecer informações e tirar dúvidas dos investidores sobre o mercado financeiro. Ao  agente autônomo cabe apresentar e explicar como funcionam os produtos financeiros disponibilizados pelas corretoras. O objetivo é conduzir os investidores a adquirir as aplicações com os analistas, que serão os responsáveis pela gestão das carteiras dos clientes.

 

 

 

O agente autônomo pode ser um profissional liberal independente ou associado. Os investimentos indicados por ele são sempre realizados por meio de uma instituição financeira,como uma plataforma de investimentos. A atuação desse profissional é orientada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entidade que regula os investimentos no Brasil. O salário médio para Agente Autônomo de Investimentos é de R$ 6.400.

 

 

O agente autônomo pode indicar as melhores alternativas de investimento disponíveis, de acordo com o perfil de investidor e com os objetivos do seu cliente. Mas ele não pode agir em nome do cliente ou gerenciar sua carteira de investimentos. É proibido, por exemplo, que agentes autônomos usem senhas ou assinaturas eletrônicas de seus clientes.

 

 

 

 

Quem pode trabalhar como agente autônomo?

Não há formação específica exigida para se tornar um agente autônomo, mas é necessário provar um sólido conhecimento no mercado financeiro, além de conhecer a regulamentação e o código de conduta profissional do setor, por meio de um teste. Quem atesta esse conhecimento é uma entidade credenciadora autorizada.

 

 

 

Atualmente, para exercer suas atividades, os agentes autônomos devem ser credenciados pela ANCORD – Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias, que é a credenciadora autorizada pela CVM. A ANCORD oferece cursos preparatórios para o teste de certificação. Também é possível encontrar no site da Associação alguns exemplos de bibliografia indicada para quem pretende fazer o teste.

 

 

 

O registro para o exercício da atividade de agente autônomo de investimentos é concedido automaticamente pela CVM aos profissionais credenciados. Esse cadastro é público e está disponível para acesso pelo site da CVM.

 

 

 

 

Por que o trabalho do agente é importante para o mercado financeiro

Como já diz o nome, o agente é autônomo. Isso quer dizer que ele não pode, por exemplo, ter participação societária em gestora de recursos. Essa autonomia garante que ele tenha uma opinião independente, evitando conflitos de interesse.

 

 

 

Por isso, os investidores podem confiar na opinião dos agentes sobre alocação de recursos. O trabalho dos agentes ajuda o investidor pouco experiente ou que tem pouco tempo para estudar investimentos a não tomar decisões equivocadas por não estar ciente dos riscos e das opções disponíveis no mercado, além de apontar os melhores produtos. Nesse sentido, os agentes autônomos são grandes promotores da expansão do mercado de investimentos no Brasil.

 

Rolar para cima