O perito Marcelo Mello, responsável por analisar indícios de culpabilidade no crime que vitimou a cabeleireira Mirian Dufeck (foto), 27 anos, em novembro do ano passado, rebateu reportagem do JMais publicada na semana passada que afirmava que o laudo pericial só havia sido emitido depois de ordem judicial. Ele disse que o caso demandou muitas horas de trabalho e que não foram apenas três as impressões digitais colhidas no local do crime. “Foram mais de 30 impressões, mas apenas as três apresentavam condições mínimas de análise”, afirmou. Mesmo assim, em apenas uma delas foi possível fazer a comparação com as impressões dos suspeitos.
Mello disse que tem se empenhado no caso e, assim como a Polícia, aguarda o resultado do exame de DNA na bituca de cigarro. “Espera-se que haja material genético para que se faça o exame de DNA”, ressalta. O resultado do exame depende do Instituto de Análises Forenses, sediado em Florianópolis. Mello disse que pediu agilidade aos seus colegas do instituto e espera o resultado para as próximas semanas.
Ainda de acordo com o perito, falta material genético de um dos acusados, um menor de 17 anos.
Mello lembrou ainda que trabalha sozinho em todos os casos da comarca que exigem perícia. “Enquanto me empenho no Caso Mirian, surgem furtos, roubos, assaltos, que exigem a presença do perito. Aí tem de sair e retomar o trabalho depois”, lembra, contando que estava prestes a tirar férias quando ocorreu o homicídio da cabeleireira. Por causa disso, ele cancelou as férias.