Saulo Sabatini usou a tribuna da Câmara de Canoinhas nesta terça-feira, 11
O médico obstetra Saulo Sabatini, que coordena a maternidade do Hospital Santa Cruz de Canoinhas (HSCC), esteve na Câmara de Canoinhas nesta terça-feira, 11, para sugerir uma saída para o impasse relacionado ao sobreaviso médico em sete especialidades, maternidade e plantão 24 horas do Pronto Atendimento (PA). Os contratos com o HSCC vencem em 31 de dezembro de 2018. Processo licitatório para contratação de outra empresa foi aberto e restou deserta, sem interessados. Uma segunda tentativa se esgota na segunda-feira, 17.
Sabatini ponderou que mesmo havendo empresa interessada, não haverá tempo hábil para se garantir que em 1º de janeiro os médicos estarão trabalhando. Lembrou que empresas desconhecidas já mandaram pessoas que nem médicos eram para trabalhar em Canoinhas.
Diante dessa situação, sugeriu que seja suspenso o pregão e que se faça uma prorrogação do contrato por 90 dias com o HSCC, dando continuidade aos serviços médicos sem que a população fique desassistida. “Nós, médicos do plantão da maternidade, fomos pegos de surpresa. Não fomos nós médicos os responsáveis por isso, nunca deixamos de procurar o diálogo. Buscamos orientações e conversamos com o Conselho Deliberativo do Hospital. O Hospital clama por um aporte financeiro. O SUS é surdo e nada faz. A prefeitura repassa R$ 600 mil, mas trata-se de um adiantamento de verba, não é doação”, afirmou, aproveitando para falar da crise financeira pela qual o HSCC passa.
Concluiu afirmando que os médicos da maternidade abrem mão de qualquer aumento salarial que possa estar previsto nos próximos 90 dias.
Presidente da Câmara, cel Mario Erzinger (PR) lembrou que os vereadores estão atentos para a questão e que ajudarão a encontrar uma saída para a questão.
PRORROGAÇÃO
Diretor administrativo do Hospital Santa Cruz, Derby Fontana disse que o conselho deliberativo do HSCC vai se reunir nesta quarta-feira, 12, e vai avaliar a proposta do médico. Ele lembrou que há uma licitação em andamento, o que precisa ser respeitado. Se não houver nenhuma empresa interessada, como da primeira vez, o HSCC estuda não necessariamente a prorrogação do contrato, mas um novo modelo que exclua cláusulas que provocaram atrito entre o Município e o HSCC.
Procurada, a secretária de Saúde, Zenici Dreher, não foi encontrada.