Coligação de Beto Passos contesta pedido de impugnação de candidatura

Candidato a prefeito rebate denúncia ao dizer que adversário o acusa de algo que ele mesmo fez ao presidir a Câmara em 2010

 

eleições jmaisA assessoria jurídica da Coligação “Canoinhas em primeiro lugar” protocolou, na Justiça Eleitoral, sua defesa referente ao pedido de impugnação das candidaturas de Beto Passos (PSD) e Renato Pike (PR) à prefeitura do município. “Faltam com a verdade descaradamente”, afirma a contestação.

O pedido de impugnação dos registros de candidaturas foi feito pela Coligação “Canoinhas confia”, composta pelo PMDB, PT, PSB, PSC, DEM, PDT, PSL, PSDB, PRP, PTC e PHS, e também por Nelson dos Reis, que se licenciou de seu cargo em comissão, na prefeitura, para disputar uma vaga na Câmara Municipal.

Na denúncia os impugnantes alegam que Beto Passos, no exercício da presidência da Câmara em 2011, teria realizado contratações de um contador e de um tesoureiro sem concurso para o quadro de pessoal do Legislativo.

Também o acusam de ter sido condenado pelo Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC), além de ter sido representado por ter devolvido, à prefeitura, servidor então cedido à Câmara para atuar na Contabilidade.

Os advogados Paulo e Luis Glinski esclarecem, na defesa, que o TCE ainda não analisou as contas da Câmara de Canoinhas nos exercícios de 2009 a 2015. “À época, apenas explicitou sobre a necessidade de futura adequação do provimento de cargos, fato esse que se concretizou mais tarde”, alertaram, ao ainda lembrarem que concurso público realizado em 2013 regularizou a efetividade das vagas.

Para os assessores jurídicos da Coligação “Canoinhas em primeiro lugar”, a intenção dos denunciantes é o de induzir o juízo ao erro e efetuar a divulgação sensacionalista em mídias sociais, além de tentar passar uma visão equivocada dos fatos à população.

Candidato a prefeito pelo PSD, Beto Passos informa que apesar ter sido cedido à Câmara, o ex-servidor municipal devolvido à prefeitura nunca atuou como contador efetivo na Casa de Leis. “Presidentes que me antecederam também contrataram profissional ou mantiveram profissional para exercer essa função”, explicou.

Ainda de acordo com Passos, o próprio candidato a reeleição a vice-prefeito pela Coligação adversária, no exercício da presidência da Câmara em 2010, manteve Contadora e Tesoureira nos cargos que já ocupavam desde o ano de 2007. “Apenas as substitui por outros profissionais. Se errei, ele também errou. Como pode me contestar?”, indagou.

Já Renato Pike (PR), candidato a vice-prefeito na chapa de Passos, lembrou que o concurso público para a regularização dos cargos foi realizado com êxito no final de 2013, quando presidiu o Legislativo canoinhense.

Durante o processo de realização do certame, o candidato a vice-prefeito disse ainda que “a Câmara agiu com transparência, divulgando desde a assinatura do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, desde a formação da comissão, vagas oferecidas, dia de provas e anúncio dos aprovados, além da homologação e posse dos primeiros colocados”.

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