Nome do governador foi citado nesta semana como um dos que consta na famosa lista de Janot
Em entrevista ao jornal Diário Catarinense, publicada na edição deste fim de semana, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), nega qualquer relação com os atos de corrupção investigados pela operação Lava Jato. “Nunca fui notificado de nada. Hoje (sexta-feira) constitui um advogado para que possa, inclusive, buscar informações. O que se tem até agora são estes vazamentos que incluem o meu nome e repercutem na imprensa. Nunca recebi um ofício e nem ninguém me procurou sobre este assunto”, afirmou ao repórter Rafael Martini.
O principal argumento de Colombo é que a Odebrecht não tinha nenhuma obra em Santa Catarina, o que não justificaria pagamento de propina. “O Estado nunca fez nenhum pagamento a esta empresa. Ela sequer disputou concorrência aqui. Portanto, não há nenhuma relação entre empresa e governo”, afirmou. Colombo negou, também, que tenha recebido doações de campanha via caixa 2.
Sobre a suposta venda de ativos da Casan para a iniciativa privada, o governador disse que essa possibilidade nunca existiu. “Nós tínhamos no início do governo uma ideia de agilizar o setor de saneamento. Mas a Casan tinha um passivo trabalhista e previdenciário que tornava a companhia pouco atrativa. Depois nós conseguimos recuperar a saúde financeira da Casan com financiamentos. Aí não havia mais porque vender. Isso já foi resolvido em 2011”, afirmou.