Colunista do JMais lança seu segundo livro

Primeiro romance de sua lavra, Rum na Lama Vermelha também evoca lembranças de Adair Dittrich

 

Depois do livro de contos e crônicas “O Meu Lugar”, que em boa medida é uma reminiscência do passado da autora no distrito canoinhense de Marcílio Dias, a médica Adair Dittrich lança nesta sexta-feira, dia 1º, seu segundo livro. Desta vez, trata-se de um romance.

 

 

“Rum na Lama Vermelha” conta a história da médica Alicia, no momento em que ela retorna para sua casa, no sul do Brasil, depois de uma temporada em Brasília, onde conquistou a aprovação nos exames para obtenção do título superior em Anestesiologia. Retorna com a cabeça cheia de ideias, imaginando procurar seu antigo amor e, com ele, voltar para Brasília.

 

 

Ao chegar à sua casa no Sul encontra um pacote carregado de saudades. A partir daí descortina-se a história de amor que Alicia viveu com seu amado na longínqua Itacugi, em meio à poeira e à lama vermelha.

 

 

Adair conta que a obra é fruto de um pequeno romance de 26 páginas escrito há anos. O romance ficou adormecido em seu escaninho por décadas até que a publicação de “O Meu Lugar” a encorajou a retirá-lo da gaveta e incrementá-lo. O título é um capítulo à parte. “A história que então eu arquivara sob o título ‘Esboço de um livro’, foi ficando para trás. Quando o esboço já tomara corpo, outro nome provisório em minha mente esvoaçava e imaginei batizá-lo de ‘História de um amor impossível’. Como inúmeros são os amores impossíveis já transitados e a transitar por este mundo que, ao burilar as últimas linhas do último capítulo eu já pensava em chamá-lo ‘Rosas para a Noite de meu Bem’, e entre este e o título final fiquei titubeando. Até uma enquete entre os Imortais amigos (da Academia de Letras do Brasil – seccional de Canoinhas) fizemos para decidir pelo batismo final”, conta a autora.

 

 

OPINIÕES

A professora Rosane Godoi, que assina o prefácio do livro, escreve que “é impossível ler ‘Rum na Lama Vermelha’ sem transportar-se para a pequena Itacugi e ali passar a residir convivendo com seus personagens e seus dramas. Itacugi não é um lugar ermo, não é somente ficção. Itacugi mora em cada pequena cidade do interior do Brasil, em cada bairro, em cada esquina. Itacugi é aqui e é também ali”. Para Rosane, Adair caminha lado a lado com os grandes expoentes da nossa literatura.

 

 

O professor Ederson Mota, que assina a contracapa do livro, diz que “a cada capítulo, gradativamente, aumenta-se o desejo de ler o próximo, sempre surpreendente e com lógica sequencial. A linguagem, como é de praxe, apresenta-se castiça e apurada e, no discurso direto, o tratamento é feito na segunda pessoa, o que revela intimidade e proximidade das personagens.”

 

 

“Rum na Lama Vermelha” será lançado às 19h desta sexta-feira, dia 1º, na sede da Associação Veneta La Bella Italia, em Canoinhas.

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