Colunista fala sobre a morte de Zsa Zsa Gabor

Tony Goes

 

Este é o tipo de pessoa que eu sou: não fiz escrevi nem uma linha sobre a morte de D. Paulo Evaristo Arns, mas aqui está meu post celebrando Zsa Zsa Gabor. A atriz húngara com o melhor nome de todos os tempos nos deixou ontem, aos 99 anos, deixando a sensação de que morreu muito tarde mas nasceu cedo demais.

Pelo menos uns 70 anos antes do que devia: Zsa Zsa (pronuncia-se “já já”) foi a pioneira das subcelebridades, a primeira famosa por ser famosa, quando Paris Hilton ou Kim Kardashian não eram sequer o brilho de um diamante refletido nos olhos de seus pais. Foi a anti-Garbo, com quem quase compartilhou um sobrenome. Fez filmes esquecíveis e séries medíocres, mas amava as câmeras, dava entrevistas indiscretas e teria arrasado nos selfies do Instagram se estes já existem em 1950. Só que, ao contrário de suas equivalentes atuais, Zsa Zsa Gabor não era só imagem. Também deixou uma coleção de frases ferinas. Como quando lhe perguntaram quantos maridos ela havia tido: “Você quer dizer, além dos meus?” (foi casada nove vezes, mas seu último casamento, com um príncipe fajuto muito mais jovem, durou os últimos trinta anos de sua vida).

Outro petardo: “Grandes? Mas estes são os diamantes que eu uso para trabalhar, dahling!” (Zsa Zsa chamava todo mundo de dahling porque não lembrava o nome de ninguém). Mais um: “Se eu fosse humilde, seria perfeita”. Perdão, d. Paulo, perdão. Eu sou um caso perdido.

 

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