Com Paulinho Basilio na disputa a prefeito, MDB quer Norma ou Leoberto de vice

Disputa pela prefeitura de Canoinhas ganhou contornos com decisões tomadas nesta semana

 

 

 

CONTORNOS

O anúncio do MDB de que terá candidato a prefeito de Canoinhas nas eleições de outubro, com a consequente nomeação de Paulinho Basilio como pré-candidato, nome a ser confirmado na convenção (se se manter o calendário atual, as convenções para homologação de candidaturas ocorrerão entre 20 de julho e 5 de agosto), sela uma semana de anúncios importantes na política canoinhense.

 

 

Começou na segunda-feira, 8, com o anúncio da pré-candidatura de Célio Galeski a prefeito pelo PSL. No dia seguinte ao anúncio seguido de um aceno a Beto Passos na linha do “ei, aqui estou e posso ser seu vice”, a vereadora Zenici Dreher (PL) jogou um balde de água fria nos planos de Galeski ao anunciar que naquele mesmo dia havia ouvido a confirmação da reprise da dobradinha PSD e PL na busca de Passos pela reeleição.

 

 

 

Além disso, em entrevista ao JMais, o presidente do Podemos, partido que mais cresceu em Canoinhas nos últimos meses, afirmou que a sigla vai ter candidato a prefeito, apoiado por outros partidos menores, mas que segue em conversações com o PSDB e o MDB.

 

 

 

O PSDB é o partido da vereadora Norma Pereira, nome que Passos mais teme na disputa. O MDB sabe que Basílio não é o nome mais forte do partido e tentou até os 45 do segundo tempo convencer Leoberto Weinert a voltar ao jogo político. Weinert descartou a hipótese, mas não vê com olhos tão radicais disputar na vice de Basílio. O coadjuvante de luxo poderia ser decisivo para uma vitória.

 

 

 

A fim de unir forças e não dividir votos com o que seria a oposição a Passos, o MDB vê como uma estratégia mais assertiva, porém, atrair Norma para a vice de Basílio. Norma também é mais forte politicamente do que Basilio, mas a dobradinha seria “uma solução para questões que empatam para ambos”. O MDB, maior partido de Canoinhas em número de filiados, não admite atuar como coadjuvante nesta eleição. Do lado de Norma, caso Carmem Zanotto (Cidadania) se eleja prefeita de Lages, ela poderia renunciar ao mandato de vice-prefeita sem os traumas que acarretaria fazer isso no caso de eleita prefeita e, dessa forma, assumir a vaga a que tem direito no Congresso Nacional como primeira suplente da coligação que elegeu Carmem.

 

 

 

 

Neste momento há muita suposição e pouca prática, mas é indiscutível que o jogo está esquentando.

 

 

 

 

 

 

 

SIGA A HISTÓRIA

Historicamente Canoinhas fica entre dois a três candidatos a prefeito. A última vez que quatro nomes entraram na disputa, em 2006, Sérgio Moreira (então PT, hoje MDB) e Valdir Ecker (então no PFL, já falecido) dividiram 16% dos votos enquanto João Rosa Müller (PP, também já falecido) somou 38% e Leoberto Weinert, eleito, 44% dos votos. Esse resultado fez os partidos pensarem, logicamente, que de nada adianta gastar energia em múltiplas candidaturas periféricas quando o eleitorado tende a polarizar em dois nomes.  Faz mais sentido escolher um dos dois nomes com mais condições de ganhar e apostar todas as fichas visando a divisão de cargos na estrutura administrativa.

 

 

 

Esse pragmatismo não foi seguido por Ednilson Verka (então no PSDB), que em 2008 somou pouco mais que os votos de Moreira e Ecker quatro anos antes. 23% do eleitorado optaram por Verka, enquanto 31,4% apostaram em João Rosa Muller e os mesmos 44% de quatro anos antes reelegeram Weinert.

 

 

 

 

Em 2012, com apenas dois candidatos, a união de forças em torno dos nomes de Beto Faria (MDB) e Beto Passos (então no PT) acirrou ainda mais a disputa. Faria se elegeu com 53,5% dos votos. Quatro anos depois a mesma disputa se repetiu e Passos, então no PSD, virou o placar com 50,3% dos votos em uma das mais apertadas disputas da história de Canoinhas.

 

 

 

Seguindo a tendência a qual os partidos políticos têm se acomodado nas últimas eleições, teríamos a repetição da disputa entre MDB e PSD com grande possibilidade de um candidato de terceira via, que poderia vir do Podemos, no embalo da onda de outsiders que varreu os políticos tradicionais em 2018, sob o risco, claro, de constatarem que as trapalhadas de Carlos Moisés e Jair Bolsonaro possa ter transformado essa onda em marolinha.

 

 

 

 

 

 

TÚNEL DO TEMPO

Benedito Neto, prefeito eleito de Canoinhas em 1950/Arquivo/Correio do Norte

Claro que afirmações carecem de uma longa pesquisa histórica, mas só para termos uma pitada do passado mais longínquo, em 1950 três nomes disputaram a prefeitura de Canoinhas. Benedito Terézio de Carvalho Jr venceu pela UDN com a esmagadora maioria de votos (825) contra o industrial Francisco Norberto Fuck, um dos fundadores da hoje desativada Empresa Fuck SA. Naquele ano houve um terceiro candidato, Dorgelo Cordeiro, que competiu pelo Partido Trabalhista.

 

 

Em 1966, seu filho, Benedito Therézio de Carvalho Neto, foi eleito prefeito e teve um dos mandatos considerando por muitos da velha guarda como um dos mais progressistas da história de Canoinhas. Ele voltaria à comandar a prefeitura em 1978.

 

 

Neto era pai de Bene Carvalho, que cumpriu pelo menos três mandatos como vereador de Canoinhas e segue trabalhando como funcionário efetivo da prefeitura.

 

 

 

 

 

 

 

DESINFORMAÇÃO

O Brasil detém o recorde mundial em peças de desinformação sobre o total de casos e mortes por covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia até o dia 8 de junho, plataformas de checagem produziram ao menos 34 verificações de peças de desinformação questionando esses dados —quase um quinto dos 149 conteúdos desse tipo analisados por plataformas de checagem de todo o mundo no período.

 

 

Entre os desmentidos estão alegações de fraude para inflar os números divulgados e comparativos equivocados de estatísticas da covid-19 com outra fonte oficial.

 

 

 

 

 

 

 

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