Com um voto contrário, vereadores derrubam projeto de lei que reduz salários

Foto: Público formado basicamente por servidores públicos acompanhou votação/Rodrigo Melo/Divulgação

Sem debate no plenário, mas “muito bem discutido nas comissões”, segundo o vereador Paulo Glinski (PSD), o presidente da Câmara de Vereadores, Célio Galeski (PSD), colocou em votação o projeto de lei que reduz ao salário mínimo os subsídios dos vereadores canoinhenses. O projeto só teve voto favorável do seu autor, Paulo Glinski. Vereador João Grein (PT) estava ausente.

O projeto reduzia ainda os salários do prefeito (de R$ 18,7 mil para R$ 10 mil), do vice (de R$ 13,7 mil para R$ 5 mil), dos secretários (de R$ 9,98 mil para R$ 3 mil) e dos supervisores municipais, conforme o nível (veja aqui). O índice de correção anual dos salários seria justamente o percentual de aumento do salário mínimo. Atualmente os vereadores recebem salários de R$ 8,77 mil.

Apesar do questionamento pela inconstitucionalidade do projeto, os membros da  Comissão de Constituição e Justiça da Câmara – Glinski, Wilmar Sudoski e Renato Pike – deram parecer favorável a sua constitucionalidade. Sem previsão de votação e fora da ordem do dia desta segunda-feira, 4, o projeto entrou em votação quando a sessão já havia iniciado. Sem discussão e acompanhado por  uma plateia de cerca de 70 servidores públicos que foram até a Câmara interessados na votação do projeto de lei que institui o sistema de previdência do funcionalismo, o projeto foi rejeitado em poucos minutos. “No meu entendimento, poderia aprovar valor menor, de R$ 3 mil, R$ 4 mil. Mas votaram em bloco, para eu ficar sozinho”, diz Glinski, que disse não julgar a atitude dos companheiros. “Não votei neles para vereador, os eleitores deles que julguem se estão corretos ou não”, afirmou.

 

AUMENTO

Além de manter os salários como estão, os vereadores podem aprovar, até as eleições de outubro, aumento salarial para a próxima legislatura. Até o momento não há projeto de lei nesse sentido, mas qualquer um dos vereadores pode apresentar projeto que fixe subsídios para a próxima legislatura. Nas últimas legislaturas a votação de projetos de tal natureza têm sido praxe em anos eleitorais.

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