Comerciantes reclamam de cães soltos no centro de Canoinhas

Comerciantes da rua Francisco de Paula Pereira e do calçadão da rua Felipe Schimidt, em Canoinhas, estão reclamando do excesso de cães abandonados que circulam pelo centro da cidade atacando pedestres e atrapalhando o trânsito. Vários comerciantes ouvidos pelo JMais relataram que já viram os cães atravessando a rua, obrigando motoristas a frear bruscamente, e tentando morder pedestres. A situação se agravou nos últimos dias depois que cachorras no cio atraíram ainda mais cães.

Os comerciantes dizem que já reclamaram na prefeitura, mas não foram atendidos.

De acordo com o responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses de Canoinhas, Romão Kuminek, o problema se resume a “dois ou três comerciantes” que dão de comer os cães que circulam pela Francisco de Paula Pereira. Segundo ele, quanto mais comida é colocada nos cantos da rua, mais cães aparecem. Kuminek diz que os comerciantes já foram identificados e notificados. Ele lembra que, pela lei, a partir do momento que a pessoa alimenta um cão abandonado, passa a ser responsável por esse cão. “Não podemos recolher os cães porque não temos para onde levar, mas se pararem de dar de comer esses cachorros, certamente o problema vai ser amenizado. Ser jogar um pãozinho na rua, já atrai mais cães”, afirma.

 

DEMANDA

Trabalhando apenas com um responsável e um veterinário, o Centro de Controle de Zoonoses de Canoinhas faz, em média, 40 castrações por mês. Há, no entanto, uma fila de espera de 500 donos de cães que pedem a castração gratuita.

Além das castrações, o Centro atende denúncias de cães que oferecem ameaça a pedestres e cavalos soltos em via pública. “O número de pedidos é muito maior que a possibilidade de atendimento”, afirma Kuminek. Sobre a possibilidade de se criar um canil municipal, hipótese já descartada pelo Município, Kuminek lembra que por mais vagas que se crie neste possível canil, a demanda sempre será maior.

O Centro orienta aqueles que identificarem donos de cães abandonados que estejam perambulando pelas ruas, que entrem em contato com a Polícia Ambiental, já que o caso configura maus tratos a animais.

 

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