Durante o encontro, o deputado Antônio Aguiar, criador do projeto que instalou a Frente, lembrou que Canoinhas já foi chamada de “Ouro Verde”
O prefeito Beto Passos liderou nesta terça-feira, 27, comitiva canoinhense que acompanhou a instalação da Frente Parlamentar da Erva-mate na Assembleia Legislativa (Alesc). O encontro ocorreu para tratar sobre as dificuldades que a cadeia produtiva vem enfrentando. “Foi um momento muito importante tanto para nós enquanto município, que temos em nossa história a erva-mate, quanto para a região que também se desenvolveu graças ao mate. E é por isso que estamos aqui: para defender esta importante cadeia. Afinal,assim manteremos empregos tanto no interior, quanto na indústria”, destaca o prefeito Beto Passos.
Durante o encontro, o deputado Antônio Aguiar, criador do projeto que instalou a Frente, lembrou que Canoinhas já foi chamada de “Ouro Verde”.“Nesta época éramos o terceiro arrecadador do Estado. Então esta história tem a ver com cada um de nós, tem a ver com o ensinamento aos nossos filhos, com o tomar o chimarrão. Tem a ver com a cultura do povo catarinense. É uma satisfação poder ajudar este segmento por meio de uma Frente Parlamentar que eu sou o presidente”, afirma.
Momento histórico
A presidente do Sindimate, Juliane Seleme, diz que omomento é histórico: “Santa Catarina produz uma excelente erva-mate. Os outros estados vêm a Santa Catarina comprar a nossa erva e vender nos outros estados. E quem ganha são os outros estados. Então a gente sabendo o tamanho da nossa cadeia produtiva e para quem nós vendemos, nós seremos vistos como um estado efetivamente produtor de erva. Quem sabe o maior estado produtor e com a melhor erva do Brasil. Quiçá do mundo”.
Juliane lembra que a luta pela cadeia é grande, inclusive por políticas públicas para a erva-mate. “Nós não temos plano safra. Os bancos não reconhecem a erva-mate como um agronegócio. Não temos incentivo para compra de maquinário”, lamenta. É por isso que discussões como a que ocorreram na Alesc nesta terça são tão importantes porque beneficiam tanto o produtor, quando a indústria.
O empresário Luiz Mário Dranka lembra que será a partir da criação da Frente, com apoio de políticos locais e estaduais, que será possível dar prosseguimento a ações pró-setor ervateiro. Entre elas, Dranka cita o consumo de erva nas escolas, organização do setor, levantamento socioeconômico da cadeia produtiva e criação de um “Fundo Mate Catarinense” semelhante ao que o Rio Grande do Sul e Argentina possuem.
Comercialização
A indústria saiu satisfeita da reunião porque conseguiu a redução em 5% da alíquota para venda de erva. “Isso fará com que tenhamos a demanda da erva-mate em folha em alta fazendo com que o preço se mantenha mais firme”, lembra Dranka. O empresário Cesar Fuck também enalteceu a diminuição da taxa: “ganhamos o dia. Para nós foi inédito. Vai melhorar a venda para nós, principalmente para o Estado do Rio Grande do Sul”.