Confirmados dois casos de dengue em Canoinhas

Um casal de canoinhenses que passou alguns dias em Presidente Prudente, cidade do interior de São Paulo, contraíram o vírus da dengue. Por 15 dias eles sofreram com febre, vermelhidão, tontura, vômito e dores pelo corpo. Os dois apresentaram, ainda, dor no fundo dos olhos, na cabeça, manchas no corpo e muita coceira. Inicialmente, quando procuraram o Pronto Atendimento Municipal, o casal recebeu o diagnóstico de virose. Em consulta particular, o dr Vicente Mazzaro detectou a dengue.

Por causa dos sintomas, o casal precisou ficar internado por três dias. Eles tiveram o fígado prejudicado e agora fazem acompanhamento para saber se o órgão está saudável.

O casal diz que não sente mais os sintomas, mas que por ter atingido o fígado de ambos, eles estão sendo monitorados.

Como a dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada com o vírus, não há risco de contaminação pelas pessoas que tiveram contato com o casal.

 

 

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INDÍCIOS

Desde o começo do ano passado, a Vigilância Epidemiológica tem trabalhado constantemente na busca por focos do mosquito da dengue na região. Em janeiro, a Vigilância Epidemiológica da Gerência de Saúde de Canoinhas descobriu focos de mosquito da dengue em Porto União e Irineópolis.

Os dois primeiros mosquitos foram encontrados na avenida Perimetral, na entrada de Porto União, no final de 2014. Enquanto os agentes faziam todos os procedimentos preventivos, mais um mosquito foi encontrado em uma construção em Irineópolis, uma semana depois.

Ainda em janeiro de 2015, mais dois focos do mosquito da dengue foram encontrados em Porto União. Os focos foram encontrados em bairros diferentes – Cidade Nova e Bela Vista.

Segundo a bióloga Cristina Brandes Grosskopf, trata-se de larvas do aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. No caso das larvas encontradas anteriormente, já há confirmação de se tratar do mosquito transmissor da dengue, o que não significa que eles estivessem infectados. “Não há como confirmar se o mosquito está infectado, mas a presença da larva já nos faz acender o sinal de alerta”, afirma Cristina.

De acordo com a bióloga, as larvas encontradas levaram agentes da Gerência de Saúde a percorrerem imóveis em um raio de 300 metros de proximidade com o local onde foi encontrado o mosquito. Nada foi encontrado.

Cristina lembra da importância de se prevenir, considerando que os agentes têm enfrentado muito resistência por parte da população. “Muita gente demonstra achar que dengue não existe. Não atentam para o risco real da doença”, afirma.

 

TRÊS CASOS

Com o casal, já são três os casos de dengue na região. Em janeiro de 2015, um caminhoneiro morador de Três Barras contraiu dengue durante uma de suas viagens e ficou em observação em casa por dez dias. Ele não chegou a ser internado.

 

 

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