Conversa com Moisés e secretário de Saúde desanima prefeitos e diretor do HSCC

Com respostas evasivas e promessa de “ver o que pode fazer”, nenhum dos dois apresentou soluções

 

 

SEM SOLUÇÕES

Líderes mundiais, celebridades e alguns sortudos que conseguem chegar até o Papa saem do Vaticano satisfeitos. Além de trocar algumas palavras com o Sumo Pontífice, saem de lá com uma bênção que, acreditam, os acompanhará até o túmulo.

 

Dada a separação das atribuições, a mesma dificuldade de aproximação tiveram os prefeitos do Planalto Norte que se encontraram com o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) na semana passada.

 

Se uma bênção bastasse, os prefeitos certamente sairiam do encontro mais satisfeitos. Como acabou a fase do discurso e a cobrança é bem mais prática do que retórica, Moisés tinha de apresentar alguma luz no fim do túnel, ao menos ao maior problema apresentado pelos prefeitos: a situação de abandono da SC-477, que liga Canoinhas à BR-116. Ouviram, no entanto, um honesto “não temos recursos, mas vamos ver o que podemos fazer”.

 

Esse “o que podemos fazer” pode ser tudo, mas também pode ser nada. Difícil entender.

 

O secretário de Saúde, Helton Zeferino, foi mais direto: “não há dinheiro em caixa” para pagar os R$ 932 mil devidos ao Hospital Santa Cruz de Canoinhas. Derby Fontana, diretor administrativo do Hospital Santa Cruz de Canoinhas (HSCC), disse logo depois da reunião: “Estamos fazendo milagre para atender a população”. Enquanto Derby e outros diretores de hospitais filantrópicos fazem milagre, o governo faz cara de paisagem.

 

A capacidade administrativa de qualquer negócio (público ou privado) se testa nas adversidades. Gerenciar um negócio que vai bem é fácil. Se a coisa estivesse boa Moisés não teria sido eleito sob a promessa de fazer diferente. Ouvir o que os prefeitos e Derby ouviram do governador e do secretário eles já se cansaram de ouvir de outros governos. O que se espera de um governo dito diferente são respostas diferentes.

 

É preciso dar um desconto pela situação em que Moisés pegou o Estado e considerar, claro, o caixa anêmico. Agora em dois meses e meio de gestão já dava pra ter traçado um plano estratégico para ao menos tentar ajudar instituições como o Hospital Santa Cruz.

 

No caso da SC-477, só pra ficar na maior demanda apresentada pelos prefeitos da região, se o Governo não consegue fazer nada, que privatize. O que não dá é pra ficar como está.

 

 

CEP E IRPF

O internauta Eros Julinski avisa a coluna para fazer um alerta aos moradores de Canoinhas que vão fazer a declaração do Imposto de Renda (IRPF). O CEP 89460-000 pode dar erro e, neste caso, o declarante precisa assinalar “sim” na opção “em mudança de endereço”.  O problema ocorre por causa da fase de transição do CEP único para o CEP por rua em Canoinhas.

 

 

COSIP A VER

O auê criado por conta do aumento aprovado no fim do ano passado pelos vereadores de Canoinhas da Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip) deve reverberar provavelmente a partir do mês que vem. O contrato com a Celesc ainda está em fase de alteração. A princípio o aumento viria nas contas de março, o que não vai ocorrer dada a demora em se fazer a alteração.

 

 

 

5 ANOS DE LAVA JATO

Cinco anos depois de ter início a maior operação de caça a corruptos do Brasil, a operação Lava-Jato acumula 89 processos e 2.252 anos de condenação para 159 réus. Onze por cento dos 426 denunciados estão na cadeia. A maioria está em liberdade ou prisão domiciliar. Muitos viraram delatores.

 

 

 

R$ 250 milhões

é quanto a Casan prospecta de investimentos para este ano

 

 

 

PREÇO ALTO

O Tribunal de Contas de SC vai ajudar o Governo do Estado a comprar medicamentos. Os técnicos concluíram o mesmo distribuidor vende o medicamento com preços diferentes ao poder público e clínicas e hospitais privados, por exemplo.

 

Empresários do setor dizem que cobram mais do Governo porque os pagamentos atrasam.

 

 

CONTRADIÇÕES 

Enquanto na Argentina o percentual de mulheres em cargos políticos terá de se igualar ao dos homens (50%), no Brasil o laranjal do PSL está suscitando projetos de lei que reduzem o percentual mínimo de mulheres na política, hoje fixado em 30%

 

 

 

 

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