Laudo que apontou que aparente suicídio teria evidências de homicídio provocou reviravolta em caso
Foi exumado na manhã desta terça-feira, 8, o corpo de Alcindo Reichardt, 71 anos. Ele foi encontrado morto com um tiro na cabeça em sua cama em setembro de 2013, na localidade da Gralha, interior de Bela Vista do Toldo. A princípio a perícia apontou que Alcindo teria se suicidado. Pedido dos filhos de Alcindo, no entanto, levou a um segundo laudo que apontou que Alcindo poderia ter sido assassinado.
De acordo com o perito Marco Antonio Bubniak, do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Canoinhas, a exumação a pedido da Justiça quer responder, basicamente, a uma questão: se a bala que matou Alcindo partiu da arma que estava na mão direita da vítima.
Na noite da morte, Alcindo dormia em um quarto e sua esposa, Maria do Carmo Marczak Reichardt, 59 anos, em outro, segundo ela, porque Alcindo tinha problemas de saúde. O corpo foi encontrado por ela e um dos filhos de Alcindo na manhã seguinte. Maria afirma que não ouviu o disparo, o que intrigou os filhos.
Para Bubniak, seria muito difícil não ouvir o estampido dormindo tão próximo do local do disparo.
A desconfiança gerou o segundo laudo, que motivou a exumação do cadáver.
Na exumação foi retirado o crânio de Alcindo. No IGP, Bubniak retirou o projétil que matou a vítima e deve encaminhar a bala e a arma encontrada com Alcindo para o IGP de Joinville. “Eu poderia fazer a análise, mas quero me isentar do processo”, afirmou fazendo referência ao fato de o seu laudo ter sido contestado pela defesa da esposa de Alcindo.
Bubniak estima que em até 60 dias o IGP de Joinville chegue a uma conclusão.
Além do exame balístico serão feitos os exames toxicológicos e de DNA.