Professor Tony você é Faixa preta de Jiu-Jitsu brasileiro pela equipe Rillion Gracie. Como foi seu início e trajetória na luta suave, até conquistar a faixa preta?
Meu início foi sem querer. Jogava futebol profissional em Canoinhas, aí fui pra Curitiba fazer faculdade e acabei parando com futebol, pois lá só tinha futebol de areia, aí fui fazer musculação, enjoei, fiz natação, enjoei, aí fui numa a academia perto da minha casa, a melhor academia do mundo, que era a Chute boxe
Então comecei a fazer muay thai, MMA e comecei a apanhar demais, quase desisti. Aí como já tinha visto algumas fitas em VHS e vi o Royce Gracie lutando, chegando na academia resolvi praticar e foi amor à primeira vista, tendo em vista que jiu jitsu vicia. Sempre digo aos alunos: “Cuidado, jiu jitsu vicia.”
Mas nunca parei de praticar as outras artes marciais.
Você também participou de competições ao longo de sua carreira? Quais foram as maiores conquistas?
Treinava toda noite, aí comecei a competir pela Chute Boxe, fui campeão paranaense na faixa branca na faixa azul e na roxa, mas como sou empresário, não podia me dedicar como deveria como atleta e não competi mais. Só treinava para manter o ritmo e a saúde.
A Rillion Gracie desenvolve a prática de Jiu-Jitsu com deficientes físicos. Como funcionam essas aulas? Tem alguma adaptação? E como é a evolução dos atletas deficientes?
Eles são fantásticos, me surpreendo a cada dia, pois o que eles têm de problemas físicos eles têm de inteligentes e se adaptam melhores do que as pessoas comuns, pois eles já têm uma garra interna diferente dos demais, porque o jiu jitsu se adapta a qualquer pessoa e biotipo. Sou muito feliz por poder apresentar a arte suave a eles e às mulheres como defesa pessoal.
Em sua trajetória, você pode conhecer muitos grandes lutadores de MMA e Jiu-Jitsu. Pode citar alguns deles e destacar aquele que tenha te chamado a atenção?
Hoje me lembro de eu lá, sentado no tatame com um moreno, um branquinho e um gurizinho bem novinho, sem saber que ali estavam Anderson Silva, Wanderley Silva e Maurício Shogun.
Você também é técnico de lutadores de MMA, como o Laércio, que hoje é professor em Jaraguá do Sul.
Há cinco anos virei professor mesmo de jiu jitsu e MMA devido eu ter voltado pra minha terra natal, Canoinhas. Como não tinha nem um professor formado no segmento fui obrigado a assumir isso. Desde então tenho me dedicado a formar atletas como Laércio Alves dos Santos, que já participou das seletivas do TUF para entrar na casa do UFC e já lutamos ao vivo pelo canal Combate várias vezes. Atletas de jiu kits que treinavam como Ricardo Allage Pereira, que até a faixa roxa quase marrom treinava comigo, e muitos outros atletas. Hoje estou indo para a 4°franquia da Rilion Gracie aqui no planalto norte catarinense.