Confira a análise do colunista Edinei Wassoaski
Uma característica do debate de Canoinhas foi percebida nos dois debates desta semana. Um candidato mais na ofensiva e outro na defensiva. Em Três Barras, Emílio Gazaniga (PP) partiu para o ataque. Sem papas na língua, encostou seu adversário contra a parede várias vezes. Luiz Shimoguiri (PR) suavizou nas palavras para dizer que seu oponente estava “equivocado”, postura comum de quem está à frente nas pesquisas (pelo menos na encomendada por ele, como mostra o Correio do Norte desta sexta, 23).
Curioso que, ao contrário do que se esperava, Gazaniga não tentou colar seu nome ao de Elói Quege (PP), deixando claro que seu governo é autônomo e que, anotem, não será candidato a reeleição.
Já em Bela Vista do Toldo, quem ficou na defensiva foi o candidato a reeleição Gilberto Damaso da Silveira (PMDB), recebendo petardos a todo instante dos adversários. Chegou ao cúmulo de agradecer a uma crítica feita por seu vice e rival, Eraldo Schiessl (PP). Adelmo Alberti (PSDB) desenvolveu melhor as respostas, mas foi a sinceridade de Eraldo que chamou atenção, principalmente quando despejou anos de mágoa sobre Damaso que, também na posição de “já ganhou”, apenas deu uma resposta polida ao ex-aliado.
O debate de Major Vieira, claro, ficou prejudicado pela ausência de Adilson Liticoski (PSDB). Mesmo assim, deu pra perceber, novamente, um candidato na defensiva e outro na ofensiva. Enquanto Darci Castro (PSDC) estocava Orildo Severgnini (PMDB), o candidato a reeleição não demonstrava muita disposição em discutir e deixou claro que queria mesmo era discutir com seu vice, Adilson, atual oponente. Severgnini reservou as respostas aos ataques de Castro para o bloco de perguntas de candidato para candidato. Ao questionar seu opositor sobre seu endereço e atividade profissional, conseguiu desestabilizá-lo e tomou conta do debate.
RÁPIDAS
ENTÃO TÁ!: Paulo Glinski nega que tenha xingado o advogado Gilney Guimarães. Diz que apenas questionou a isenção do colega para compor a mesa.
DEFERIDO: Antonio Tsunoda conseguiu provar que não precisava ter se descompatibilizado da direção do Hospital de Três Barras para concorrer a vereador. Segue candidato, portanto.
MARATONA: A juíza Sabrina Pitsica julgou 15 pedidos de impugnação de candidatura nas últimas duas semanas. Quatro de candidatos a prefeito e 11 de candidatos a vereador.
FORA: “Eta MUNDIO bão” desistiu da candidatura a vereador de Canoinhas. Maria Thaís Zucco também desistiu.
97: cidades brasileiras terão um só candidato a prefeito. O recorde é do Rio Grande do Sul, com 32 cidades.
SC: No estado, cinco cidades terão apenas um candidato a prefeito.