10 de dezembro de 2020
Folha de S.Paulo
Pazuello agora fala em vacinação neste mês ou em janeiro
Com os primeiros países iniciando ou anunciando campanhas de vacinação e o governador João Doria dizendo que pretende iniciar a imunização em São Paulo no fim de janeiro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira (9) que é possível começar a aplicar as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 oferecidas pelo governo federal em dezembro ou janeiro, em caráter restrito.
A declaração, em entrevista ao canal CNN Brasil, contrasta com a afirmação do próprio ministro na véspera, a governadores, de que a aprovação de qualquer vacina contra Covid-19 pela Anvisa levaria 60 dias. Sem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, nenhum imunizante pode ser aplicado.
Contrasta, ainda, com uma série de incógnitas relacionadas aos imunizantes, que vão de falta de contrato à falta de comprovação de eficácia.
“O uso emergencial pode acontecer agora em dezembro, em hipótese, se nós fecharmos o contrato com a Pfizer”, disse o ministro na entrevista desta quarta. “O ‘se’ é porque o contrato está sendo fechado […] Se a Pfizer conseguir autorização emergencial e a Pfizer nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer em janeiro, final de dezembro.”
Pazuello acrescentou que, se uma série de variáveis se alinharem favoravelmente, a imunização da população pode começar em janeiro ou fevereiro –a eventual vacinação em dezembro ainda não constituiria uma campanha, segundo o ministro, mas a aplicação “quantidade pequenas, que são de uso emergencial”.
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O Estado de S.Paulo
Demissão no Turismo expõe ofensiva do governo na Câmara
O presidente Jair Bolsonaro demitiu o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e colocou Gilson Machado, da Embratur, no cargo. O pretexto para a troca foram críticas de Antônio a Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). Com a mudança no Turismo, Bolsonaro começa a mexer no seu governo com o objetivo de tentar interferir na eleição para o comando da Câmara dos Deputados, em fevereiro. O governo apoia Arthur Lira (Progressistas-al), do Centrão. Antônio acusou Ramos de “pedir sua cabeça” para abrir mais espaço ao Centrão no governo. Contrariado, expôs a divergência em mensagem num grupo de Whatsapp de ministros. O próprio Ramos pode ser deslocado por Bolsonaro para a Secretaria-geral da Presidência. Onyx Lorenzoni (Cidadania) também tem o cargo sob ameaça. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que “o governo está desesperado para tomar conta da presidência, para desorganizar a agenda do meio ambiente, para flexibilizar venda de arma”.
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O Globo
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