Depois do desespero pós-decreto, população de Canoinhas se recolhe

Movimento nas ruas da cidade é pequeno; comércio está fechado

 

 

 

Depois do desespero de muitos canoinhenses ao saberem do decreto que determinou o fechamento do comércio na manhã desta quarta-feira, 18, a população de Canoinhas está mais calma.

 

 

A confusão em torno do decreto e a lembrança recente da greve dos caminhoneiros levou uma multidão aos supermercados e postos de combustíveis. O JMais testemunhou filas quilométricas em postos pela manhã. Nos supermercados, um sentido de urgência em pessoas que se acotovelavam em frente às prateleiras.

 

 

 

Na verdade, o decreto nunca contemplou serviços essenciais, que é o caso dos supermercados, farmácias e postos de combustíveis. Ademais, o trânsito de cargas segue liberado em todo o País.

 

 

 

Segundo gerentes de supermercados ouvidos pelo JMais, o movimento se intensificou de maneira assustadora pela manhã desta quarta, logo após a publicação do decreto. Com a divulgação intensa ao longo da manhã por parte da imprensa, alertando as pessoas para o fato de que não haveria desabastecimento, o movimento foi diminuindo ao ponto de nesta quinta-feira, 19, estar abaixo do normal. Pelas ruas, o silêncio impera. O fechamento do comércio deixou as ruas da cidade com cara de domingo. As vagas do estacionamento rotativo, que deixaram de ser pagas, estão, a maioria, vazias.

 

 

 

Na manhã desta quinta, em entrevista coletiva, a secretária de Saúde Kátia Oleskovicz frisou a importância de se manter em casa.  “Precisamos fazer cada um a nossa parte. Não é ainda uma situação de guerra, mas precisamos nos prevenir”, destacou. Ela explicou que Canoinhas não tem casos confirmados, porém, o vírus está circulando pelo Estado e as chances de a cidade vir a ter vários casos é grande. Nesta quarta, o secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, afirmou que todas as cidades catarinenses têm ou terão casos de coronavírus e é justamente para evitar a proliferação do vírus que medidas drásticas que obriguem as pessoas a ficarem em casa estão sendo tomadas.

 

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