Para uns as ADRs foram um grande fracasso, para outros, economia com extinção é mínima
Membros das bancadas do PT, PSDB, PRB, PR e PMDB compararam os gastos de pessoal e custeio, mas divergiram acerca da extinção das agências de desenvolvimento regionais (ADRs) na sessão desta terça-feira, 6.
“As ADRs foram um grande fracasso, uma grande enganação. A ADR de Blumenau, em 2017, teve um gasto com pessoal de R$ 6 milhões e outras despesas de R$ 10 milhões, totalizando R$ 16 milhões, mas os investimentos foram de R$ 586 mil”, denunciou Ana Paula Lima (PT), que defendeu a extinção das agências.
Em Concórdia, segundo a parlamentar, os gastos com pessoal e custeio atingiram R$ 10 milhões, enquanto os investimentos não ultrapassaram R$ 265 mil.
Maurício Eskudlark (PR) concordou com a deputada e citou o caso da implantação da oncologia no Hospital Regional de São Miguel do Oeste.
“Em São Miguel gastaram nove milhões para manter a ADR e investiram R$ 400 mil. Não seria mais lógico investir esses nove milhões na região? Para a oncologia do Hospital Regional faltam R$ 2 milhões”, comparou o parlamentar.
Roberto Salum (PRB) defendeu a extinção das agências, mas sugeriu comparar a criação de cargos políticos nos governos estadual e federal. “Mandei levantar o número de assessores que o presidente Lula e Dilma criaram nos doze anos, para fazer um paralelo com os discursos, não com as regionais, que eu sou completamente contra”, afirmou Salum.
Manoel Mota (PMDB) discordou dos colegas. “O fechamento das agências regionais vai diminuir cinco cargos comissionados, o resto já é do governo, é da saúde, da educação, já é despesa do governo. Os comissionados não dá nem R$ 100 mil, todas as ADRs são assim”, garantiu Mota, que classificou a criação das secretarias regionais pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira em 2003 uma “revolução”.
“As ADRs têm comissionados e concursados, desativando as ADRs os concursados vão continuar na folha, eles são funcionários e não podem ser demitidos”, concordou Serafim Venzon (PSDB).