Alesc critica reforma da previdência e cobra investimento em rodovias estaduais

Deputados classificaram de tímida e light a proposta de reforma previdenciária do Executivo

 

 

 

Surpreendendo trabalhadores da iniciativa privada que assistiam a sessão de quarta-feira, 19, da Assembleia Legislativa, deputados classificaram de tímida e light a proposta de reforma previdenciária do Executivo barriga-verde e cobraram investimentos em infraestrutura.

 

 

“Uma proposta muito tímida, uma reforminha ou reforma light se comparada aos vizinhos gaúchos e paranaenses. O teto é muito baixo, deveria ser mais corajoso, a economia consolidada ao longo de 10 anos será de parcos R$ 900 milhões para um déficit de R$ 4,3 bilhões anuais”, disparou Bruno Souza (Novo).

 

 

 

Valdir Cobalchini (MDB) concordou com o colega. “Tínhamos que acionar nossa líder do governo para que convidasse os secretários da Fazenda, Administração e Casa Civil para que viessem aqui abrir para os 40 deputados o que é a reforma. Se é exatamente isso que Vossa Excelência nos transmitiu, quero concordar plenamente. Hoje temos muitas dúvidas, esses números precisam ser debatidos e precisamos conhecê-los não mais ou menos, mas exatamente o que vai acontecer daqui 10 anos”, discursou o representante de Caçador.

 

 

 

Cobalchini também criticou o péssimo estado das rodovias e lembrou a importância dos investimentos em infraestrutura na geração de empregos.

 

 

 

“Melhorias em infraestrutura poderiam contribuir em aumento de quase 10% de produtividade para cada trabalhador. Investimento de cerca de R$ 70 bilhões em 2019 poderia trazer um incremento de 1,6 milhão de empregos para o país; um investimento de R$ 220 bilhões em 2020 criaria 4,7 milhões de empregos”, prognosticou Cobalchini, que defendeu “potencializar o crescimento por meio de uma melhor seleção da carteira de infraestrutura”.

 

 

 

 

Neodi Saretta (PT), Milton Hobus (PSD), Maurício Eskudlark (PL) e Laércio Schuster (PSB) apoiaram o representante do MDB e criticaram a falta de planejamento do governo.

 

 

 

“É público e notório que a grande maioria das rodovias estaduais se encontram em péssimo estado, hoje na reunião da  bancada do Oeste listamos de forma muito especial os maiores gargalos: a BR-282 e a SC-283, rodovia estadual que mais circula proteína e que está há 40 anos sem receber revitalização”, relatou Saretta.

 

 

 

“Hoje não temos projeto de estado, pelo menos não foi apresentado, consórcio de municípios é pouco. Qual o plano estadual de revitalização das rodovias? Tapa-buraco não resolve mais, duas, três chuvas e está tudo aberto de novo”, reconheceu Hobus, que citou a demora para recuperar um pequeno trecho da SC-108, em Guaramirim. “Não pode demorar um ano”.

 

 

 

“Temos o projeto de R$ 1 bilhão do BID que daria R$ 300 milhões. Falta projeto para dizer aonde esses R$ 300 milhões serão aplicados, queremos saber se vai ser aplicado tanto aqui e tanto ali, precisamos dessa clareza de projetos”, alertou Maurício Eskudlark (PL), referindo-se ao alongamento do pagamento de empréstimo com BID.

 

 

 

 

“Quando o governo trouxe sua reforma administrativa fui o único que mostrou preocupação com a subtração da Secretaria de Planejamento. Do governo técnico do chavão da nova política estamos vendo técnicos nos lugares estratégicos sem qualquer emoção e coração, sentados unicamente na letra fria das palavras”, afirmou Schuster.

 

 

 

 

Já o deputado Ismael dos Santos (PSD) reivindicou a recuperação da rodovia que liga Garuva a Itapoá.

 

 

 

 

“A má conservação está causando muitos prejuízos com pneus furados, suspensão danificada e com os riscos de acidentes com as manobras bruscas. Faço um apelo ao governador, devido às fortes chuvas o asfalto cedeu ainda mais”, relatou Ismael.

 

 

 

 

BOLSONARO
Ricardo Alba (PSL) apresentou dados da administração federal que comprovariam o sucesso da gestão. Segundo informou o parlamentar, o INSS economizou mais de R$ 4,37 bilhões; o BNDES registrou maior lucro da história no primeiro trimestre de 2019, com R$ 11 bilhões; a Embraer saiu do prejuízo e lucrou R$ 26 milhões; a menor taxa de juros da história, Selic a 4,25%.

 

 

 

Além disso, Alba destacou o faturamento recorde do turismo em 2019; os sinais de reaquecimento na construção civil; a previsão de R$ 208 bilhões para a infraestrutura; recorde na exportação de café; queda no número de mortes violentas em todo Brasil e do número de invasões pelo MST.

Rolar para cima