A Vigilância Epidemiológica da Regional de Saúde de Canoinhas está em alerta. Foi divulgado nesta segunda-feira, 22, o primeiro caso de dengue autóctone, ou seja, aquele contraído dentro do Município de Canoinhas.
Trata-se da namorada de um caminhoneiro que contraiu o vírus fora de Canoinhas. Suspeita-se que o mosquito transmissor da dengue tenha picado o rapaz e, na sequência, picado a moça. Com o caso autóctone, a Vigilância Epidemiológica teme que novos casos apareçam, já que o caso é prova de que o mosquito do aedes aegypti está circulando pela região. “É necessário redobrar a atenção. O surgimento desse caso, em pleno inverno, nos surpreendeu. Canoinhas se tornou uma área endêmica”, explica a bióloga Cristina Brandes Grosskopf.
O primeiro caso de dengue contraído fora do Município foi identificado em fevereiro deste ano. Segundo a Vigilância Epidemiológica de Canoinhas, o paciente contraiu a dengue em Goiás, quando passava férias em Goiânia, capital do Estado. Ao retornar, no começo do mês, sentiu os sintomas da doença e procurou um médico que diagnosticou o vírus. O paciente, no entanto, assim como o caso autóctone, já passou da fase de contaminação e está trabalhando sem mais nenhum sintoma da doença.
Três Barras também registrou um caso de dengue contraída fora do Município no começo do ano.
ESTADO
Entre 1º de janeiro e 12 de junho, foram notificados 8.642 casos de dengue em Santa Catarina. Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), 3.048 (35%) foram confirmados, 4.455 (52%) foram descartados e 1.139 (13%) casos suspeitos estão em investigação.
O órgão ainda informou que até a semana passada foram identificados 5.190 focos do mosquito transmissor da doença em 107 municípios, sendo que 23 deles são considerados infestados.
PREVENÇÃO
A dengue é uma doença infecciosa febril transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Os sintomas são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado (Dive), quem, nos últimos 14 dias, esteve em alguma cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da dengue e apresentar os sintomas deve procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento.
Entre as recomendações da Dive para evitar a disseminação do vírus estão: evitar usar pratos nos vasos de plantas e, caso utilize, colocar areia nas bordas; guardar garrafas e objetos que possam armazenar água sempre com a abertura virada para baixo.
Também é necessário manter as lixeiras tampadas, bem como as caixas d’água. Plantas que acumulam água, como bromélias, devem ser evitadas. O acúmulo de lixo também deve ser evitado, pois pode se tornar foco do mosquito da dengue.
Além disso, é importante tratar a água da piscina com cloro e limpá-la uma vez por semana; ralos devem ficar fechados e desentupidos. Os potes de comida e de água dos animais devem ser lavados com escova, também semanalmente.