Impasse sobre para onde mandar o detido obrigou a Delegacia a mantê-lo na cela que existe para deter presos em flagrante por no máximo uma pernoite
Um rapaz preso pela Polícia Militar há duas semanas está detido na cela provisória que existe na Delegacia de Polícia Civil de Canoinhas. A cela existe apenas para, no máximo, a pernoite do preso em flagrante, mas já ultrapassou em muito esse limite. Por questão de segurança, a Unidade Prisional Avançada (UPA) está proibida de receber internos depois das 22 horas.
Neste caso, no entanto, como o detento é do Paraná, a UPA de Canoinhas está proibida, por ordem judicial, de receber o rapaz. Consultada, a juíza criminal Dominique Borba Fernandes determinou que o delegado regional Rui Orestes Kuchnir comunicasse a situação ao Departamento de Administração Prisional (Deap) do Estado. O delegado fez o comunicado, mas o Deap não respondeu.
A Justiça do Paraná também foi contatada pelo delegado, mas respondeu que precisa analisar a situação e encontrar uma vaga no sistema prisional do Paraná para receber o detento.
Dessa forma, o detento está há duas semanas sem tomar banho e em condições precárias de alimentação. Kuchnir comunicou, também, a comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – subseção de Canoinhas sobre a situação.
Leia o que disse a juíza criminal ao JMais