Para Derby Fontana Neto nem todos os médicos e nem todos os políticos querem sua cabeça
A RESPOSTA
Segundo o diretor administrativo do Hospital Santa Cruz de Canoinhas (HSCC), Derby Fontana Neto, não são todos médicos e nem todos os políticos que querem tirá-lo do cargo. “A maioria deles, políticos e médicos, são os mesmos que quando fizemos um choque de gestão para equilibrar o HSCC, não quiseram participar, por diversas razões. Entre elas era que o hospital não podia pagar o que eles queriam. Agora que equilibramos, querem voltar, mas já tem outros em seu lugar”, afirma.
O caso mais forte refere-se à pediatria, que no ano passado chegou a fechar a maternidade. Mesmo com sete pediatras em Canoinhas, o HSCC teve de contratar duas pediatras de fora da cidade por falta de interesse dos locais. A história se repete na ortopedia e cirurgia. “Hoje com o hospital com densidade tecnológica de ponta, atendimento de excelência, eles querem voltar, porém não sou eu, nem o Conselho ou a diretoria, mas sim os próprios colegas deles que não abrem, pois os serviços estão em andamento e com escalas completas. O que acontece em Canoinhas hoje, anos atrás aconteceu com Mafra. Hoje, Mafra trabalha com equipes de Curitiba e o administrador Dario, continua lá. Sou um profissional que tem especialidade assim como os médicos. Cada um na sua área, procurando fazer o melhor para a população”, ponderou Fontana.
Quanto a porta colocada na entrada da administração, o administrador diz que foi por questões de segurança, “pois em uma casa de saúde não podemos misturar as alas assistenciais com a administração, manutenção, lavanderia, etc”, diz.
“Temos de ser profissionais no que fazemos. Em dez anos muita coisa mudou em termos de gestão de saúde. Quando os recursos são parcos só a disciplina a a aplicação dos recursos públicos com seriedade podem dar continuidade a um trabalho, e é isso que estamos fazendo em nossa administração”, conclui Fontana.
FIM DA NOVELA
O anúncio ontem de que o Município vai liberar R$ 600 mil para pagar o 13º dos funcionários do Hospital Santa Cruz (HSCC) é o fim de uma pendenga sem vencedores. Serviu, no entanto, de alerta para a população. Pipocam convites para corridas, show de prêmios e ações sociais que visam ajudar o HSCC.
Se por um lado a história testou os nervos de uns, por outro lado mobilizou a população. A noção de que o HSCC é de todos nós é um avanço importante.
OS PRIMEIROS NOMES
Os quatro primeiros nomes da nova equipe administrativa do Governo do Estado, anunciados ontem por Carlos Moisés da Silva, surpreendeu em alguns aspectos. A continuidade de Paulo Eli em uma pasta chave como a Fazenda tomou todos de surpresa. Eli vem batizado pelo MDB e fica difícil imaginar que ele revolucionará a pasta de uma hora para a outra, como prometeu em campanha Moisés.
Surpreende, também, a nomeação de um bombeiro militar, apesar de ter formação em Medicina, para a pasta da Saúde. Segue os passos de Jair Bolsonaro (PSL), que também nomeou vários militares para os Ministérios.
Ponto positivo a ideia de fazer rodízio na administração da Segurança Pública. A guerra de egos entre as forças de segurança é tão grande que somente uma solução como essa pode amenizar os problemas decorrentes.
APOIO MÚTUO
O gerente regional da Defesa Civil, Edson Antocheski, falou longamente nesta segunda-feira, 4, na Câmara de Vereadores para defender a Lei do Apoio Mútuo. Na prática, o projeto de lei, que já passou em primeira votação, visa autorizar o Município a emprestar maquinário para os Municípios vizinhos em caso de evento climático que leve a decreto de situação de emergência. “A ideia é agilizar o auxílio para os municípios vizinhos, assim como nós poderemos receber o mesmo auxílio deles”, disse em referência a Canoinhas.
CANUDOS
A exemplo da onda que toma conta das Câmaras de Vereadores do Brasil, vereador Edmilson Verka (PSDB) propôs projeto de lei que proíbe o fornecimento de canudos de plástico no comércio de Canoinhas.
COPIA E COLA
Vereador Paulinho Basílio (MDB) apresentou dois requerimentos na semana passada que serão encaminhados ao poder executivo municipal e secretaria de administração, solicitando algumas informações sobre dois pregões.
Nos requerimentos o vereador solicita que seja informado qual a origem do termo de referência do Pregão 140/2018, se houve elaboração ou cópia de outro anteriormente publicado, e se houve cópia, qual o critério para tal. Basílio também destaca no requerimento, que caso seja positiva a resposta, quer saber se houve adaptações no descritivo de sistemas desse termo de referência para atendimento do interesse público local e quais seriam as alterações, e também saber se os servidores públicos foram consultados para elaboração do termo de referência.
Justificando o requerimento, vereador explicou que “em algumas licitações observamos que há problemas, mas essa especificamente me chamou atenção pela resposta de uma empresa que participou do pregão e pela sua resposta”.
Vereador leu trechos da resposta, citando que a empresa explicou no documento que o texto editalício foi literalmente copiado de edital anteriormente publicado no município de Urupema. “Por ser Urupema um município com menos de 5 mil habitantes, o texto não condiz com a realidade de Canoinhas, que tem mais de 50 mil habitantes”, justificou o vereador. “Me chamou a atenção pela gravidade dos termos que encontrei neste texto enviado pela empresa. Como a empresa tem interesse nesta licitação, devo confiar numa resposta oficial do município sobre essas colocações, e se esta empresa inventou informação, eu mesmo vou entregar essa situação aqui, mas é preciso averiguar”, concluiu.