Discurso de Dilma em destaque nas manchetes do dia

30 de agosto de 2016

O Globo

 

Manchete : Até PT avalia que discurso de Dilma não deve evitar sua saída

Petista tentou mudar votos, mas não apresentou novos argumentos

Presidente afastada insiste na versão do ‘golpe’, e senadores dizem que a presença dela derruba a tese

Na véspera do julgamento final do impeachment, Dilma Rousseff fez ontem sua defesa no Senado, provavelmente no último discurso como presidente. A petista repetiu que é vítima de um “golpe”, culpou o deputado Eduardo Cunha pela abertura do processo e emocionou-se ao comparar a ação à perseguição sofrida na ditadura. Mas, sem apresentar novos argumentos, a avaliação dominante, inclusive no PT, é a de que não foi suficiente para reverter o placar desfavorável a ela. “A esta altura, acho muito difícil que ainda haja alguém indeciso a ponto de mudar de ideia”, admitiu o líder do PT, Humberto Costa. Ao lado dos presidentes do STF, Ricardo Lewandowski, e do Senado, Renan Calheiros, Dilma afirmou: “Só temo a morte da democracia.” O ex-presidente Lula assistiu da galeria, ao lado de Chico Buarque. No plenário, Dilma e Aécio Neves, tucano derrotado por ela em 2014, fizeram debate amistoso. (Págs. 3 a 13 e editorial)

 

Distorções na política e na economia

A análise do discurso mostra que Dilma fez afirmações contraditórias e exageradas, e usou até informações sem base factual, como a que, se efetivado, o governo Temer vai proibir o saque do FGTS em caso de demissão. (Pág. 4)

 

Mercado vê queda dos juros só em dezembro (Pág. 25)

 

Em crise, estado desativa centro de transplantes (Pág. 15)

 

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O Estado de S. Paulo

 

Manchete: Juízo Final

Senado define se Dilma Rousseff perderá mandato – Ao se defender ontem, petista repetiu tese de ‘golpe’, negou crime de responsabilidade e foi rebatida por aliados de Temer – Para parlamentares, discurso não mudará votos

 

Temer diz que não teve tempo de ver sessão (Pág. A8)

 

Deltan Dallagnol

As 10 Medidas

A impunidade da corrupção é inegável. Àqueles que discordam das soluções propostas cumpre o ônus de oferecer propostas alternativas. (Espaço Aberto/Pág. A2)

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Folha de S. Paulo

 

Manchete: Dilma nega no Senado crime contra o Orçamento e volta a denunciar ‘golpe’

Na iminência de seu veredito, presidente afastada compara processo de impeachment a perseguição na ditadura

Em sua defesa no Senado, a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), disse não ter cometido crime de responsabilidade e que teme pela morte da democracia caso seja condenada no processo de impeachment. “Peço que façam justiça a uma presidenta honesta, que jamais cometeu qualquer ato ilegal, na vida pessoal ou nas funções públicas que exerceu”, afirmou. O discurso de 47 minutos, seguido de respostas a senadores, pode ter sido seu derradeiro ato na Presidência. Dilma citou prisão e tortura sofridas na ditadura militar e voltou a dizer que é vítima de golpe que resultará na eleição indireta de Michel Temer (PMDB) — o interino afirmou ter acompanhado o discurso com tranquilidade. A petista rebateu as acusações de ter emitido decretos orçamentários sem autorização do Congresso ou praticado empréstimos ilegais junto a bancos federais. Em sessão de 14 horas presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, foi questionada por opositores em clima tenso, mas respeitoso. “O legado que a senhora nos deixa nos está levando a um retrocesso devastador”, disse José Anibal (PSDB-SP). A avaliação no Senado é que a condenação, em votação prevista para esta terça (30), é irreversível. São necessários 54 de 81 votos para que a petista seja cassada. À Folha 52 declararam ser a favor do afastamento da petista, 18, contra, e 11 não responderam. (Poder A4 a A11)

 

Na Justiça, idosos obtêm decisões contra aumentos de plano de saúde (Cotidiano B1)

 

Foto-legenda: Bom humor

O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, o senador tucano Aécio Neves (MG) e a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), fazem piadas sobre inimizades na política

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