Discussão abre crise entre Câmara e prefeito de Irineópolis

Juliano Pereira se irritou ao não ser citado em programa de rádio da Câmara

 

Depois da troca de farpas entre o médico Vilson Antônio Galeazzi e o prefeito de Irineópolis, Juliano Pereira (PSDB), há duas semanas, azedou o clima entre a Câmara de Vereadores e o prefeito.

Galeazzi ocupou a tribuna da Câmara de Vereadores para acusar o prefeito de perseguição política. A pedido do prefeito, a Med Koss, que administra o Pronto Atendimento Municipal (PA), teria retirado o médico da escala do PA.

Segundo Galeazzi, tudo não passou de um “ato de covardia”.

Pereira negou perseguição política. “Nunca soube que o senhor era contrário político, nunca fui de perseguir funcionário, se isso ocorresse eu perseguiria todos os funcionários do PMDB que estão na prefeitura. Tem de se seguir determinações dos superiores, senão vira bagunça.”

No programa semanal que a Câmara tem na rádio local, o discurso do médico foi reproduzido, mas não a resposta do prefeito.

A atitude da Câmara irritou Pereira, que foi a mesma emissora rebater a fala do médico. Pereira foi além, chamando de “covarde” a atitude da Câmara de Vereadores.

A presidente da Câmara, Cleusa Clarice de Lima, que foi citada pelo prefeito, se ofendeu com a reclamação. Ela afirmou que o programa tem apenas 15 minutos e não teria tempo de rodar as duas falas. Por isso, a Câmara optou por rodar primeiro a fala do médico e, na semana seguinte, seria reproduzida a fala do prefeito. “Eu não sou covarde. Sou uma pessoa íntegra, trabalhadora e honesta. Apenas cumpri com o contrato que temos com a rádio”, disse Cleusa.

 

REPERCUSSÃO

A briga tem refletido no relacionamento do prefeito com a Casa de Leis. Na semana passada, os vereadores rejeitaram projeto de lei de origem Executiva que permitia os secretários municipais abastecer seus carros particulares com dinheiro público quando a serviço do Município.

O Município, por sua vez, tem ignorado requerimentos da Câmara, como o que pedia cópia do livro ponto do médico demitido.

Adversários do prefeito afirmam que desde o início de seu mandato, mais de 100 funcionários públicos foram demitidos. Ele nega. “Não demitimos nenhum funcionário até hoje. Não houve perseguição. Quem não estava contente saiu”, afirmou.

 

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