Na maioria dos casos, a violência acontece por pessoas próximas aos idosos: filhos ou parceiros
Para marcar o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa (15 de junho), a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV) da Secretaria de Estado da Saúde (SES), divulgou o perfil dos idosos que são vítimas de violência interpessoal e autoprovocada no Estado.
Entre os anos de 2015 e 2018, houve 2.844 notificações de violência em idosos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A região que mais teve registros foi a Grande Florianópolis (435). Do total de notificações, 757 foram autoprovocadas e 1.978 interpessoais. As mulheres idosas são mais violentadas (58,6%) do que os homens idosos (41,4%).
Com relação à faixa etária, as violências interpessoais ocorrem com mais frequência entre os 60 e 69 anos. Na maioria dos casos, a violência acontece por pessoas próximas aos idosos: filhos e parceiro íntimo. “Os idosos que tiveram os casos notificados sofreram violências físicas, psicológica e moral, seguidas das lesões autoprovocadas e negligências ou abandono”, explica Adriana Elias, enfermeira da Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Crônicos da DIVE/SC.
DADOS
O Estatuto do Idoso prevê que os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos: autoridade policial; Ministério Público; Conselho Municipal, Estadual ou Nacional do Idoso.
A notificação é um instrumento de vigilância que identifica e qualifica os casos suspeitos ou confirmados de agressão que são atendidos na rede pública de saúde com o objetivo de implementar políticas públicas de atenção às vítimas.
O Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa foi instituído em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa (INPES).