27 de agosto de 2020
Folha de S.Paulo
Ameaçado de fritura, Guedes quer escalonar Renda Brasil
Após crítica pública do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou a interlocutores que pretende permanecer no cargo e vai finalizar uma proposta alternativa para o Renda Brasil, programa elaborado pelo governo para substituir Bolsa Família.
A equipe de Guedes prepara um modelo no qual o novo benefício começaria a ser pago no ano que vem, podendo partir de R$ 220 ou R$ 230. O valor é próximo aos R$ 190 pagos hoje pelo Bolsa Famíla e inferior ao desejado por Bolsonaro, que pressiona por parcelas de ao menos R$ 300.
Como não há consenso no governo sobre os programas que seriam extintos para custear o Renda Brasil, o novo desenho de Guedes prevê que o programa comece a rodar em valor menor e os pagamentos seriam ampliados com o tempo.
Isso dependeria de decisões futuras do governo e do Congresso sobre a extinção de outras ações.
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O Estado de S.Paulo
Bolsonaro pressiona por Renda Brasil sem corte de benefícios
Insatisfeito com o plano apresentado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro disse ontem que suspendeu a proposta de criar o Renda Brasil, em substituição ao Bolsa Família. Em Ipatinga (MG), Bolsonaro afirmou que não quer “tirar de pobres para dar a paupérrimos” para bancar o novo programa social. Pela proposta da equipe econômica, para a criação do Renda Brasil, haveria uma revisão de programas considerados “ineficientes”, como o abono salarial (benefício de um salário mínimo voltado para quem ganha até dois pisos) e o seguro-defeso (pago a pescadores no período de reprodução dos peixes). O presidente deu prazo até amanhã para que Guedes apresente novo desenho do programa. O mercado financeiro viu nas declarações novo foco de atrito entre o presidente e o ministro. O dólar subiu e a Bolsa caiu.
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O Globo
Bolsonaro veta plano de Guedes, e mercado tem gastança
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