Gessika Marafigo Martiol, 25 anos, foi morta na noite de domingo, 24 de maio, pelo ex-companheiro
“Ninguém merece morrer com tamanha crueldade. Eu sou irmã dela, imagina a minha dor, é uma dor imensa, esperar ela todo dia e ela não chegar, não ver o Pietro, o filho dela crescer. Minha mãe que é vó, vai ser mãe do filho dela”, disse a irmã de Gessika Marafigo Martiol, morta pelo ex-marido em Timbó Grande, durante a manifestação no sábado, 30, em frente ao cemitério municipal.
“Juntas somos fortes, justiça para Gessika”, “Seu machismo mata, basta de violência”, “Não é crime passional, é feminicídio”, eram três das frases que estampavam os cartazes de amigas, colegas e familiares da jovem de 25 anos, vítima de feminicídio na noite de domingo, 24 de maio.
Mesmo com a prisão do ex-companheiro de Gessika, amigos e familiares decidiram realizar a manifestação pedindo por justiça. O protesto teve o acompanhamento da Polícia Militar. As imagens e vídeos são de autoria de Wesley Camargo e Jean Carlos Camargo da Rede Fronteira de Santa Cecília.
Preso na tarde de sexta-feira, 29, o homem acusado de matar a jovem Gessika Marafigo Martiol, de 25 anos, no domingo, 24, em Timbó Grande, havia se apresentada na Delegacia de Santa Cecília na terça-feira, 26, foi interrogado, porém, em virtude da Lei, não ficou preso, sendo liberado em seguida. Após ele se apresentar à polícia e confessar a autoria do crime, o delegado responsável pelo caso fez o pedido da sua prisão ao Poder Judiciário.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito responderá pelo crime de feminicídio, uma das modalidades de homicídio qualificado. A conduta é considerada crime hediondo, mas há ainda, outros agravantes que serão analisados. Após detido, ele foi encaminhado ao presídio regional de Caçador, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Segundo o delegado Cassiano Tiburski, responsável pelo caso, o suspeito confessou o crime com detalhes. De acordo com o depoimento, o autor do crime afirmou ‘que ficou transtornado e que agiu no ímpeto’, afirmando ‘não saber o que estava fazendo’. Ele afirmou ainda que tentou socorrer a jovem, porém, ela já estava morta.
Gessika era mãe de um menino, era técnica de enfermagem e trabalhava na Unidade Mista de Saúde de Timbó Grande. Seu corpo foi sepultado no Cemitério Municipal de Timbó Grande na terça-feira, 26.