EDERSON MOTA: A ética nos salvará

“Quando a ética dominar as ações e recuperar os territórios da improbidade, os arquivos da corrupção se tornarão cinzas jogadas ao vento”. (Elmo)

As profecias modernas têm uma margem de erro imensa pelas flutuações e instabilidades contemporâneas, e os gatunos, ladrões, mentirosos e assemelhados, que infestam este país, não precisam ocultar-se mais nas sombras, cavernas, subterrâneos e outros esconderijos. A injustiça, a corrupção, a incompetência e a impunidade uniram suas forças e agem a céu aberto, de forma escancarada, pública e sem remorsos, em detrimento das necessidades elementares da população tais como saúde, educação, segurança, transporte e saneamento. De quem é a culpa, afinal? É importante ressaltar que existe, em toda democracia, mesmo naquelas aparentes e figurativas, a participação popular pelo voto livre e soberano que desenha a estrutura político-administrativa do país, por isso a importância desse gesto e a desenfreada e às vezes imoral busca política, especialmente pelos que tentam se perpetuar a qualquer custo no poder. Desequilíbrio ou variável interveniente no processo democrático?

Há um ditado popular que diz: “A ocasião faz o ladrão”, e na democracia atravessada que vivemos neste momento histórico, a verdade é cristalina quanto ao significado da frase, ou seja, as oportunidades oferecidas pelo estado democrático geram aberrações como corruptos, ladrões, falsários, estelionatários e cínicos; sim, cínicos que nada viram, nada perceberam, nada notaram de errado, mas estavam sempre presentes com suas equipes, com o sarcasmo contumaz e com a prepotência à flor da pele. Tão presentes que até assinaram documentos e endossaram atitudes com consequências nefastas para a população fiel contribuinte.

Esses ladrões que se locupletam com o esforço de milhares não roubam apenas valores mensuráveis, que podem ser transformados em riqueza patrimonial; o pior assalto é o de subtrair da população nacional a esperança, o bem-estar, a tranquilidade, a convivência fraterna, a vida em sociedade, o direito à liberdade de ir e vir, a preservação das riquezas naturais, o equilíbrio nas ações, a honestidade, a confiança mútua e o direito à educação de qualidade, sem sobressaltos e sem as “invencionices” de cunho tão somente publicitário.

Agora o ufanismo e as delirantes distorções ideológicas do poder desfrutam  momentos de desenfreada gastança com praças esportivas suntuosas e outras inutilidades sob a alegação de que uma competição futebolística de quilate internacional merece investimentos tão elevados, isso sem considerar o que vem por aí, a olimpíada de 2016; o problema é que o contribuinte brasileiro nem satisfação recebe por mais esse impacto que irá sofrer em suas finanças.

Votar é transformar e otimizar a história da nação, por isso a democracia que abraçamos é tão importante e se confunde com os  da liberdade de escolha, o vigor do civismo, a plena nacionalidade e o desenvolvimento da pátria.

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