Eleição municipal projeta cenário para disputa ao Governo de SC em 2018

Leia coluna da semana de Edinei Wassoaski, que além de falar sobre o cenário na disputa pelo Governo, comenta saída de Bene Carvalho do PMDB                                                                                                                                 

 

Finda a eleição municipal, as atenções se voltam para 2018. Afinal, o que as urnas dizem sobre as disputas para a Presidência da República e do Governo do Estado.

    No cenário nacional, como pontuou o jornal Folha de S.Paulo, os grandes vencedores foram Geraldo Alckmin (que elegeu Dória em São Paulo); o PRB, que elegeu Crivella no Rio; e os partidos nanicos, como o PMN, que elegeu o prefeito de Curitiba. Alckmin desponta com um nome expressivo dentro do PSDB para disputar a Presidência, mas como bem lembrou o deputado federal Mauro Mariani (PMDB), ninguém sabe na porta de quem mais a Operação Lava-Jato vai bater nos próximos meses. Hoje favoritos, amanhã numa cela da Polícia Federal em Curitiba.

     Mariani, por sinal, não se saiu bem nessa eleição. Foi derrotado na sua própria casa (Rio Negrinho) e aqui na região foi derrotado em Canoinhas, São Bento do Sul, Porto União e Bela Vista do Toldo. Em Joinville apoiou Udo Döhler que, para além de um parceiro, pode se tornar seu adversário na disputa pela preferência do diretório do partido. Udo representa outra grande vitoriosa dessa eleição: a antipolítica. O discurso do “eu não sou político” e a cena das “mãos limpas” ajudou o empresário a se reeleger e o credenciou para uma eventual disputa ao Governo.

    Em SC, esta eleição serviu para implodir de vez a polialiança que elegeu quatro governos – dois de Luiz Henrique (PMDB) e dois de Colombo (PSD). O PSD deve lançar Gelson Merísio ou Darci de Matos ao governo. Matos chegou bem perto de ser eleito em Joinville e isso há de ter algum valor diante de Merísio, que não possui grande expressão estadual, embora presida a Assembleia. O bate-boca entre Matos e Udo, com direito à participação de Colombo, na TV, abalou ainda mais a já frágil aliança.

    Mariani disse que “apoio” é o mínimo que o PSD pode oferecer ao PMDB. Do lado de lá, o silêncio, por enquanto. Mariani, por sinal, não se intitula candidato do PMDB: “Mas pode anotar: nós não teremos disputa no PMDB. Vai ser um processo natural”.

 

PERGUNTA PERTINENTE

Quem se dá melhor na Câmara de Canoinhas: um mineiro ou um baiano?

 

Devagar com o andor

Enquanto Gil Baiano (PR) garante que vai assumir a Secretaria de Obras do governo Passos, o próprio Passos pede calma. “Temos compromissos partidários, mas ninguém foi convidado oficialmente ainda”, afirma. Passos, aliás, nem sabe quais serão as secretarias que manterá. Algumas serão fundidas como Obras e Planejamento e Meio Ambiente com Agricultura. Tudo ainda em estudo.

O prefeito eleito tem ouvido lideranças em vários setores. De uma coisa, tem certeza: os comissionados só entram depois de fevereiro.

 

Língua afiada

Deputado Antonio Aguiar (PMDB) não poupa críticas ao PMDB local. Diz que vai dar um basta em “gente incompetente administrando o partido em Canoinhas” e culpou diretamente o vice-prefeito Wilson Pereira pela discórdia: “Ele mentiu por assinatura. Disse que iria me apoiar e não me apoiou”. Aguiar também garante que o grande derrotado destas eleições foi Mauro Mariani.

 

 

“O deputado Aguiar vai reconstruir o PMDB de Canoinhas”

do deputado Antonio Aguiar, afirmando que o partido se esfacelou com a derrota de Faria. Seu primeiro alvo é o presidente regional Décio Damaso. “Imagine um presidente condenado”, diz, citando um processo no qual Damaso foi condenado por supostamente sumir com documentos do Fórum

 

 

Na base da pressão

Moradores das localidades às margens da SC-120, entre Canoinhas e Timbó Grande, organizaram uma reunião para sexta-feira para ouvir os eleitos sobre quais as intenções quanto à rodovia, que passa a maior parte do tempo precária. Secretário executivo regional, Ricardo Pereira Martin, também foi convidado, e agiu rápido para abortar a reunião. Mandou interditar a rodovia no mesmo dia, convenientemente até às 18h, visando fazer uma operação emergencial  de reparos. Mesmo assim, a reunião ocorreu.

A atitude do secretário deu uma boa ideia aos moradores da região: marcar uma reunião dessas por semana.

 

 

colunaMESMO TIME

Coronel Mário Erzinger admite que só foi para o PR porque foi convidado pelo vereador Renato Pike. A foto mostra que os dois jogam literalmente no mesmo time que, por sinal, disputou um amistoso recentemente contra time que tem no seu plantel o prefeito eleito Beto Passos. Na foto, Pike aparece em pé no canto à esquerda; e Mário é o terceiro agachado da direita para a esquerda. A propósito, o time de Pike ganhou da equipe de Passos.

 

RÁPIDAS

PRESENÇA: Prefeito Beto Faria (PMDB) embarcou quinta para a Índia. Ele presenta a Amprotabaco na Convenção-Quadro sobre o Tabagismo.

 

PROPOSTA O senador Dario Berger (PMDB) quer antecipar para segunda os feriados que caírem entre terça e sexta. Proposta tramita no Senado.

 

FORA: A medida excluiria 1º de janeiro, 7 de setembro, 12 de outubro, Natal, Carnaval, Corpus Christi e Sexta Santa.

 

R$ 8,05 MILHÕES: é quanto será injetado na economia catarinense com o pagamento do 13º dos servidores estaduais.

 

O MAIOR: Fechadas as urnas, um em cada quatro eleitores será governado pelo PSDB.

 

ESTADO: Nos 60 maiores colégios eleitorais de SC (71,2% do eleitorado), o PSD ficou com 17 prefeituras; o PMDB com 14; o PSDB com 13, o PP com seis; PSB com cinco e o PT só com Imbituba.

 

54%: dos brasileiros são contra o voto obrigatório, segundo pesquisa Ibope.

 

62%: no entanto, dizem que votariam mesmo sem serem obrigados.

 

MAIS IMPORTANTE: essa taxa cresceu 13 pontos em comparação com 2014.

 

FORA: Peemedebista histórico, Bene Carvalho deixou o partido nesta semana depois de muitas críticas dentro do próprio partido que atribuíam à atuação dele como secretário de Obras o motivo para o desastre da votação de Faria no interior.

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