Vereador mais votado da história de Canoinhas e candidato a prefeito derrotado nas últimas eleições, Beto Passos (PT) arrisca uma disputa a deputado estadual de olho na disputa municipal de 2016. Na entrevista a seguir, ele defende que o eleitor tenha opções regionais para votar na disputa pela Assembleia e diz acreditar que é possível o Planalto Norte eleger mais de um deputado. Acompanhe.
O CANDIDATO
Nome: Gilberto dos Passos (Beto Passos)
Idade: 37
Escolaridade: superior incompleto em Direito
Profissão: radialista/repórter
Cargo atual: radialista na Clube AM Canoinhas
Filiação partidária: PT
Candidaturas anteriores: vereador em 2008 e prefeito em 2012
Mandatos: vereador de 2009 a 2012
Lema de campanha: Incluir o Planalto Norte no crescimento do Brasil em todas as áreas
Por que o sr é candidato a eleição?
Sou candidato para aumentar nossa representatividade política na Assembleia Legislativa. Nós temos de buscar uma igualdade com outras regiões, que têm cinco, seis deputados. Acredito que o Planalto Norte tem condições de ter mais de uma cadeira na Assembleia.
O que o credencia a ser eleito?
O meu histórico em outras eleições. Pra se ter uma ideia, na eleição para vereador em 2008 obtive 2.451 votos, sendo o vereador mais votado da história do Planalto Norte catarinense. Mais recentemente, enfrentei a máquina pública, governador, senador, deputados, e obtivemos mais de 14,9 mil votos na disputa pela prefeitura de Canoinhas. Isso nos dá possibilidade de eleição. Nosso partido, mesmo com quantitativo menor de votos, nos dá condições de eleição.
O Sr acha que essa votação para prefeito se repete e se amplia na atual disputa?
Na eleição para prefeito nós tínhamos dois candidatos. Agora temos os candidatos da região e candidatos que vêm de fora. Temos candidatos com reais possibilidades de eleição nesse processo e temos aqueles que virão buscar votos aqui. Vamos trabalhar para ampliar a votação, com certeza.
Ao passo que alguns defendem sua candidatura como alternativa, outros dizem que atrapalha a eleição de um representante regional, que deveria haver uma união em torno de uma só candidatura pelo Planalto Norte. O que o sr diz sobre isso?
Significo a renovação. Em outras eleições, o outro candidato já enfrentou outros adversários. Não é novidade. É importante haver alternância e ter opção. As pessoas precisam poder escolher. Tenho chances reais de eleição e não estou aqui para atrapalhar outros concorrentes. Minha plataforma é defender nossos projetos e jamais atacar outros candidatos.
O sr acredita que é possível eleger dois candidatos de Canoinhas?
Com certeza. O que é preciso frisar é que as pessoas votem em candidatos da região, porque são eles que vão brigar e defender os interesses da nossa região.
O que é prioridade na região hoje?
A questão social é fundamental. Ainda temos gente vivendo na miséria. Temos também um atraso muito grande na área da saúde, embora digam lá em Florianópolis que a nossa saúde é exemplar sabemos que isso não é verdade. Mafra, por exemplo, aderiu ao programa Mais Médicos, e hoje tem 17 profissionais atendendo pelo programa. Não entendemos porque Canoinhas só tem dois (médicos). Há uma disparidade muito grande e não entendemos o porquê.
Outra questão é a falta de emprego. Temos de colocar Canoinhas e região de frente com o Brasil que cresce. A nossa região tem de acompanhar esse ritmo.
O que o sr pode fazer para melhorar a região neste aspecto?
Quero ligar os governos com a nossa região. O meu compromisso como deputado não será agradar o governador e outras autoridades, mas defender os interesses do povo.
Se eleito, qual será sua bandeira na Assembleia?
Nossa bandeira é defender todas as áreas que interessam nossa região. Temos de defender a educação, que o professor seja valorizado. Defender nossa segurança pública, um trabalho social, com foco na região do Planalto Norte. Sabemos que antes da era Lula, os investimentos na região eram muito tímidos, hoje vemos que há muitas marcas do Governo Federal na região. Vamos ampliar esses investimentos.
Que tipo de política o seu partido defende?
Política de inclusão, de trazer o cidadão para mais próximo da coisa pública. O que percebemos é um distanciamento entre o cidadão comum e os governantes. Queremos fazer o inverso.
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