Leia novo artigo de Ederson Mota
“A honestidade traduz o caráter de um homem”. (Elmo)
Elas estão chegando. Quem? As eleições municipais, talvez as mais importantes de todo o sistema, porque são os problemas e soluções locais que atingem os cidadãos deste país diretamente. Todos residem, convivem, trabalham, sofrem e são felizes em municípios, bem como manifestam seus humores, sua cultura, seus desejos, suas pretensões e também sua indignação.
O grande problema repousa na fórmula encontrada pela democracia brasileira – a representatividade, o que descaracteriza, em parte, o processo eleitoral. Pode ser que, em futuro próximo, tenhamos eleições dentro de um padrão mais avançado e eficiente que é a participação, ou seja, o votante adquire o direito de participar efetivamente de decisões importantes para o seu meio de convívio e não apenas escolher um representante que assume um mandato por quatro longos anos, com remuneração elevada, sem demonstrar qualquer preocupação com a trajetória do grupo de votantes que o escolheu e acreditou em suas “propostas”.
Alguns comentam que, de acordo com a realidade brasileira, não existe qualquer compromisso entre eleitos e eleitores, o que representa uma falha gritante da democracia representativa, apesar dos esforços dos poderes constituídos com relação ao cumprimento das propostas eleitorais de candidatos ao executivo, todas registradas e homologadas conforme a lei. Já o poder legislativo (vereadores) …
Algumas normas tentam disciplinar e coibir abusos corriqueiros nas eleições de 2016, tais como o tempo de campanha, o poder econômico, a propaganda e as pendências jurídicas de certos pretendentes (ficha suja). Há uma tendência, neste processo eleitoral, especialmente, em observar atentamente a conduta pessoal dos candidatos, o que demonstra evolução do bom senso e materializa um avanço no momento da escolha.
Apesar da dissociação entre representação e participação, é fundamental o comparecimento às urnas, pois a omissão não modifica a realidade e quando aqueles de boa índole cruzam os braços, os maus festejam e assumem o poder.
Votar é enxergar além e vislumbrar um mundo melhor para todos; omitir-se é reconhecer que a humilhação é o melhor remédio para os descrentes.