Empresas são suspeitas de entregar menos do que vendiam para prefeitura, diz promotor

O promotor de Justiça autor da ação que desencadeou a operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na prefeitura de Canoinhas na manhã desta terça-feira, 30, Eder Viana (foto), disse que a suspeita é de que um grupo de empresas que venceu processo licitatório da prefeitura entregava menos do que vendia. “É como se eu comprasse cinco unidades de determinado produto e o fornecedor me entregasse somente uma unidade”, exemplifica o promotor.

Viana disse que entrou com pedido de mandado de busca e apreensão junto à Justiça depois de ter recebido uma denúncia. A partir do deferimento do pedido, a Justiça acionou o Gaeco, que executou o mandado nesta terça.

O objetivo da ação é coletar documentação que comprove a suposta fraude. O Gaeco coletou vários documentos e copiou arquivos dos computadores do setor de licitações e do departamento financeiro da prefeitura. O material, que segundo o promotor, foi reunido em um grande volume, deve ser periciado, inicialmente, pela Promotoria. O Instituto Geral de Perícias (IGP) deve prestar apoio. “Nosso objetivo é saber se houve fraude, quem teria participado e quem teria recebido a diferença no pagamento pelo material”, explica o promotor.

Sobre o envolvimento de Mafra na operação, Viana esclarece que uma das empresas suspeitas de fraude é da cidade vizinha. A prefeitura de Mafra, no entanto, nada tem a ver com a operação.

Viana não quis dar detalhes da denúncia, mas lembrou que caso a Justiça permita a quebra de sigilo, a ação se tornará pública. No início da tarde desta terça, o vice-prefeito Wilson Pereira (PMDB) disse que o Município deve pedir a quebra do sigilo a fim de entender a natureza da denúncia.

O JMais apurou que a suspeita é de que a fraude tenha ocorrido no Programa de Aquisição de Alimentos do Governo Federal e na compra de alimentação escolar.

 

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