25 de maio de 2020
Folha de S.Paulo
Depois de vídeo, Bolsonaro ataca Celso de Mello, do STF
Dois dias após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello ter divulgado vídeo de reunião ministerial alvo de investigação, o presidente Jair Bolsonaro publicou na manhã deste domingo (24) um trecho da lei de abuso de autoridade, no que foi entendido como um ataque direto à corte.
Bolsonaro tem esboçado uma estratégia de reação com assessores e aliados. Ele pretende intensificar a ofensiva contra Celso, relator do inquérito que apura se houve interferência política do presidente em investigações da Polícia Federal.
O intuito é argumentar que as decisões do decano não têm sido razoáveis, são exageradas e que têm motivações políticas para prejudicar o presidente. Isso criaria uma hipótese de suspeição.
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O Estado de S.Paulo
Gestão da pandemia piora imagem do País e afasta investidores
Imagens de sepultamentos em série e de hospitais lotados se tornaram corriqueiras na imprensa estrangeira depois que o Brasil virou candidato a epicentro mundial da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Analistas internacionais veem o País como uma nação governada por um presidente populista, que dá respostas contraditórias à pandemia, destacam os confrontos entre Jair Bolsonaro e governadores, as discussões com o Congresso, além das mudanças ministeriais, e levantam dúvidas sobre a capacidade do governo de levar adiante as reformas estruturais. Os efeitos da percepção no exterior de que o País vive crises simultâneas na saúde, na política e na economia já aparecem nos números e na postura distante que outros países, como os EUA e os vizinhos do Mercosul, têm adotado em relação ao Brasil. Desde o início do ano, o real foi a moeda que mais se desvalorizou no mundo, com queda de 45% ante o dólar. O mais recente relatório do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), que reúne bancos de investimento, fundos e bancos centrais em 70 países, mostra que o Brasil registrou em março a maior fuga de capital em um mês desde 1995, só menor do que a da Índia, e é o país que mais merece atenção neste momento. Procurado, o Ministério da Economia não comentou.
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O Globo
Equipe da PGR vê crime de Bolsonaro em troca na PF
A equipe de investigadores da Procuradoria-Geral da República (PGR) avalia que as provas obtidas até o momento são suficientes para caracterizar que o presidente Jair Bolsonaro cometeu o crime de advocacia administrativa em sua pressão para trocar postos-chave da Polícia Federal.
A análise dos procuradores é que, após ter acesso ao vídeo da reunião do conselho de ministros no último dia 22 de abril, ficou claro que Bolsonaro pressionou o então ministro da Justiça, Sergio Moro, para fazer mudanças em cargos na PF motivado por interesses pessoais — no caso, a preocupação em proteger familiares e amigos, verbalizada pelo próprio presidente na referida reunião. O vídeo inclusive, na avaliação dos investigadores, traz uma comprovação rara de se obter nesse tipo de crime que é o “dolo”, a vontade de cometer o delito.
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