22 de novembro de 2016
O Globo
Manchete : Empresas perdem R$ 130 bi por ano com violência
Pesquisa mostra que roubo de cargas cresceu 64% em 5 anos
Gastos com proteção e perdas com vandalismo reduzem competitividade do país
Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) constatou que as empresas brasileiras gastam por ano R$ 130 bilhões com perdas por roubos, furtos e vandalismo, além de despesas com segurança, revela GABRIELA VALENTE. O valor é mais de 14 vezes superior aos R$ 8,8 bilhões empenhados pelo Estado do Rio para segurança pública em 2016. Segundo a CNI, o custo com a violência dificulta a atração de investimentos. De 2010 a 2015, o roubo de cargas cresceu 64%. Só o setor de telefonia perde R$ 320 milhões por ano com furtos de cabos de cobre, quantia que seria suficiente para instalar 640 antenas de celular. (Pág. 21)
Temer não vê razão para tirar Geddel
Comissão investigará conduta de ministro depois de recuo de conselheiro indicado pelo presidente
O presidente Temer garantiu a permanência do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), que interferiu pela liberação da obra de um prédio no qual comprou apartamento. Para Temer, o “episódio de Salvador” teve tratamento técnico pelo Ministério da Cultura, que denunciou ter sofrido pressão de Geddel. A Comissão de Ética da Presidência decidiu investigar o ministro, após recuo do conselheiro José Saraiva. Único indicado por Temer, ele havia pedido vista, mas voltou atrás. (Pág. 3)
Dívidas já ficam com 85% dos royalties
Aposta para enfrentar a crise financeira, a antecipação de royalties já pesa muito nas contas do estado. Levantamento do GLOBO mostra que, de R$ 3,5 bilhões de royalties previstos para este ano, 85% — ou R$ 3 bilhões — são para pagar operações semelhantes feitas no passado, revela RAFAEL GALDO. (Pág. 10)
Cabral diz à PF estar indignado
Em depoimento à PF, o ex-governador Sérgio Cabral se disse indignado com “mentiras absurdas” que o levaram à prisão. O Banco Central achou R$ 455 numa conta de Cabral e R$ 10 milhões na de sua mulher, Adriana Ancelmo.
Polícia investiga se houve guerra de quadrilhas ou execução
Enquanto as buscas por traficantes da Cidade de Deus avançam — oito já foram presos —, a polícia aprofunda as investigações sobre os corpos achados na mata da favela. Todos os sete mortos tinham passagem pela polícia por tráfico ou roubo. Eles podem ter morrido na guerra com a milícia da região, mas a hipótese de execução não foi descartada. A Justiça autorizou, em caráter excepcional, buscas coletivas na comunidade porque criminosos podem se esconder na casa de moradores. (Págs. 11 a 13)
Governo piora projeção do PIB
O PIB deve crescer só 1% em 2017, segundo o Ministério da Fazenda, que antes previa alta de 1,6%. O presidente Temer disse que o país, no governo anterior, tinha não só déficit fiscal, como também “um certo déficit de verdade”. (Págs. 22 e 24)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Comissão de Ética investiga Geddel; Temer diz que ele fica
Ministro é acusado de pressionar por liberação de obra de edifício em Salvador onde tem apartamento
A Comissão de Ética Pública da Presidência voltou atrás e, por unanimidade, decidiu abrir processo para investigar se o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, pressionou o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, para liberar a construção de prédio em área histórica de Salvador, onde Geddel comprou apartamento. Horas antes, o processo havia sido adiado por um pedido de vista do conselheiro José Saraiva Filho, indicado por Geddel. Diante da repercussão negativa, o ministro pediu “pressa” na avaliação e o caso andou. Apesar da denúncia, o presidente Michel Temer anunciou, por meio de seu porta-voz, que o ministro fica no cargo. (Política A4)
Em depoimento à PF, Cabral nega propina e se diz indignado
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) negou à Polícia Federal ter recebido propina durante a sua gestão e se disse “indignado” com as acusações de que chefiava esquema que teria desviado R$ 224 milhões. Ao cumprir decisão judicial, o BC encontrou R$ 11 milhões em duas contas de Adriana Ancelmo, mulher de Cabral. (Política A6)
Governo piora projeções do PIB para 2016 e 2017
O governo federal admitiu oficialmente que números previstos para a economia não serão alcançados. A projeção de crescimento do PIB em 2017 foi reduzida de 1,6% para 1%. Para este ano, a estimativa de queda passou de 3% para 3,5%. O novo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fábio Kanczuk, atribuiu a piora nas projeções principalmente ao crédito para empresas. “O crédito está mais caro e esse é um indicador do risco que o setor bancário percebe nas empresas”, disse, citando também a confiança baixa como causa. Já a eleição de Donald Trump, segundo ele, não teve efeito nas projeções de crescimento da economia brasileira. (Economia B1)
Empresários veem 2017 cheio de incerteza
A saída da recessão em 2017 é ainda incerta para representantes do setor privado que participaram do primeiro encontro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, no governo Michel Temer. Para empresários, o desafio será impedir a deterioração ainda maior da economia. Eles defendem mais medidas para destravar o crescimento. (B3)
Zika deixa sequela em 1/3 dos bebês e em toda a gravidez
Estudo com 57 gestantes paulistas infectadas por zika reforça hipótese de que o vírus causa danos além da microcefalia. Anomalias podem ocorrer independentemente da fase da gravidez. Nenhum bebê nasceu com microcefalia, mas exames mais aprofundados mostraram 35% deles com algum tipo de má-formação discreta. (Metrópole A9)
Evento discute ‘efeito Trump’ no agronegócio (Economia B11)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Temer mantém Geddel; comissão abre processo
Ministro é investigado sob suspeita de usar o cargo para benefício próprio; ele nega
O presidente Michel Temer (PMDB) decidiu nesta segunda (21) manter Geddel Vieira Lima (PMDB) na Secretaria de Governo. O anúncio foi feito no mesmo dia em que a Comissão de Ética da Presidência abriu investigação contra o ministro. O colegiado apura denúncia do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. Em entrevista à Folha,ele disse ter sido pressionado a liberar a construção de um prédio em Salvador. Geddel comprou um imóvel no edifício, construído por um amigo dele. O processo só foi aberto após recuo do único indicado por Temer para o comitê. O advogado José Saraiva havia pedido vista, o que adiaria a decisão para 14 de dezembro, mas voltou atrás a pedido de Geddel. O órgão é consultivo, sem poder decisório. “Prefiro resolver isso logo”, disse o ministro. O presidente sabia que Calero foi pressionado e tentou convencê-lo a ficar no cargo. Temer considera o caso pequeno para justificar a demissão de Geddel, articulador político do Planalto. (Poder a4)
Preso, Sérgio Cabral nega ter envolvimento com propinas
Preso na semana passada pela Lava Jato, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral negou em depoimento à Polícia Federal envolvimento com a cobrança de propina a empreiteiras no Estado. Cabral declarou serem “mentiras absurdas” as delações de executivos da Andrade Gutierrez e da Carioca Engenharia. (Poder a7)
Presidente pede em reunião apoio de empresários
Em reunião do chamado Conselhão, que reúne empresários, sindicalistas e representantes da sociedade, o presidente Michel Temer solicitou apoio na reforma da Previdência e na divulgação positiva do país. Ouviu pedido de pressa na adoção de medidas que destravem a economia. (Mercado a18)
Ser contra a Lava Jato é fazer jogo da direita, diz cineasta
Diretor de “Tropa de Elite 2”, José Padilha diz que a Lava Jato é o único caminho contra a “briga de quadrilhas” no país. “Ser contra a Lava Jato é ajudar o PMDB e o PSDB, é fazer o jogo da direita”, afirma o cineasta, que no ano que vem dirigirá uma série sobre a investigação para a Netflix. (Ilustrada C1)
Doria define os secretários para Educação e Cultura
Alexandre Schneider e André Sturm serão, respectivamente, secretários da Educação e Cultura do prefeito eleito de SP, João Doria (PSDB). Schneider foi titular da pasta na gestão Kassab. Sturm é diretor do MIS (Museu da Imagem e do Som). Ambos não eram a primeira opção. (Cotidiano b3 e Ilustrada C4)
Rejeição de visto americano para turista brasileiro triplica em 1 ano
O índice de rejeição de vistos norte-americanos para turistas brasileiros deve atingir quase 15% neste ano, quase o triplo de 2015 (5,4%) e o quíntuplo (3,2%) do ano anterior, informa Patrícia Campos Mello. A crise econômica brasileira e a percepção de que número maior de brasileiros pretende emigrar ilegalmente seriam os motivos para a alta das recusas. (Mundo a11)