Levantamento do jornal Diário Catarinense mostra que faltam condições essenciais para o bom funcionamento das escolas
Todas as 30 escolas com ensino médio em tempo integral (Emiti) têm pelo menos um problema relacionado à infraestrutura. É o que indicou um levantamento feito pelo jornal Diário Catarinense com a direção de cada unidade escolar pertencente ao programa de jornada ampliada. As duas escolas de Canoinhas que têm ensino médio em tempo integral – Almirante Barroso e Julia Baleoli Zaniolo – apresentam deficiências como falta de internet de qualidade e laboratórios.
Segundo o levantamento do jornal, na Julia Baleoli Zaniolo, que passou a integrar o grupo de escolas com tempo integral neste ano, ar-condicionado só tem no laboratório de informática e com recursos da Associação dos Pais e Professores (APP). A escola não tem laboratórios de biologia, física e química e a internet tem pouca velocidade. O levantamento lembra ainda que o Estado está construindo um ginásio, porque o que tinham caiu com a neve há cinco anos. Dos 69 alunos em tempo integral, cerca de 10 pediram transferência para IFSC ou curso noturno.
Já no Almirante Barroso, a avaliação da infraestrutura da escola construída é positiva. Há TVs de 43 polegadas com entrada para pen drive em todas as salas. A internet de 30Mbps é considerada muito forte, mesmo tendo em vista a promessa de 100Mbps. O laboratório de matemática está em construção. Falta ar-condicionado em seis salas.
CONTRAPONTO
Após a veiculação da reportagem do Diário Catarinense, o secretário de Educação, Eduardo Deschamps, pronunciou-se pela primeira vez sobre os problemas. Em entrevista ao jornal, Deschamps deu explicações sobre a falta de internet, equipamentos multimídia, laboratórios, ar-condicionado e espaços de convivência e descanso. “Felizmente, todo o processo de contratação está sendo concluído agora. Muitas das contratações relativas aos equipamentos, espaços, ar-condicionado e laboratórios estão com processo licitatório em fase final de conclusão. Muitos dos materiais, inclusive, já estão chegando ao almoxarifado da secretaria. Assim que a gente fizer a conferência serão distribuídos às escolas. São problemas que devem ser resolvidos agora nos próximos meses”, disse ao jornal.