São 89 municípios considerados infestados, 25,4% a mais em relação ao mesmo período de 2018
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) divulga nesta quinta-feira, 6, novo boletim da situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica de dengue, febre de chikungunya e zika vírus.
No período de 30 de dezembro de 2018 a 1º de junho de 2019, foram identificados 18.851 focos do mosquito Aedes aegypti em 182 municípios. Comparado ao mesmo período de 2018, quando foram identificados 11.093 focos em 149 municípios, houve um aumento de 69,9% no número de focos identificados. Segundo a DIVE/SC, o aumento do número de focos está associado ao Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), no qual ocorreu a coleta de larvas pelos municípios infestados, para o conhecimento do Índice de Infestação Predial (IIP).
Em relação à situação entomológica, são 89 municípios considerados infestados, o que representa um incremento de 25,4% em relação ao mesmo período de 2018, que registrou 71 municípios nessa condição.
A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos. Em comparação ao último boletim, houve a inclusão do município de Lajeado Grande como infestado.
DENGUE
No período de 30 de dezembro de 2018 a 1º de junho de 2019, foram notificados 4.467 casos de dengue no Estado. Desses, 949 (21%) foram confirmados, 173 (4%) estão inconclusivos (após 60 dias da data de notificação, ainda não tiveram sua investigação encerrada), 2.319 (52%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 1.026 (23%) estão sob investigação pelos municípios.
Do total de casos confirmados até o momento, 811 são autóctones (transmissão dentro do estado), 80 casos são importados (transmissão fora do estado), 23 casos estão em investigação e 35 são indeterminados. Em comparação com o último boletim, houve a confirmação de 103 casos autóctones e sete casos importados.
Em relação aos casos autóctones foram identificados o sorotipo de 80 amostras, sendo em 46, com circulação nos municípios de Itapema, Bombinhas, Porto Belo e Balneário Camboriú e em 34, com circulação nos municípios de Florianópolis, Balneário Camboriú, Camboriú, Cunha Porã, Itapema e Porto Belo.
O município de Itapema apresenta o maior número de casos autóctones (405) no Estado, com uma taxa de incidência de 640,3 casos a cada 100 mil habitantes, portanto, em condição de epidemia. A caracterização de epidemia ocorre pela relação entre o número de casos confirmados e de habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.