Preocupação maior está com os Municípios menores, que correspondem a 77% de SC
MANIFESTO
A Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) emitiu nota nesta sexta-feira, 16, afirmando que considera que o programa Mais Médicos, nesse momento, é de extrema importância para a manutenção da saúde pública catarinense e no atendimento à população e, diante desse cenário, requer às autoridades responsáveis urgentes medidas para suprir a carência das demandas resultantes da notícia da saída de médicos do Programa e que as entidades representativas da categoria médica sejam capazes de formular estratégias para evitar a interrupção do atendimento à saúde pública nos Municípios.
A nota segue afirmando que o anúncio de que mais de 250 médicos deixarão de atuar nos municípios catarinenses, de um total de 8.500 no país, que atendem cerca de 700 mil pessoas em 140 Municípios do estado, em virtude da saída de Cuba do Programa Mais Médicos, causa preocupação aos gestores municipais quanto à continuidade do atendimento à sociedade catarinense. “O programa, iniciado em 2013, proporcionou a ampliação do atendimento à comunidade catarinense, no fortalecimento da Atenção Básica, sobretudo ao promover a prevenção e combate às doenças”, afirma a nota.
A preocupação da Fecam é assegurar o atendimento a toda população, em especial, nas Unidades Básicas de Saúde, que não podem ficar desassistidas. “Nesse sentido, a Fecam promoverá esforços na articulação e promoção de debates para a construção de soluções imediatas”, segue a nota.
Geralmente, nos municípios de pequeno porte e do interior, que representam 77% de Santa Catarina, ocorre escassez ou ausência desses profissionais da saúde. Com o programa, esses entes locais utilizam-se dos serviços prestados pelos médicos cubanos para ampliar o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
MISTÉRIOS DE MOISÉS
O governador eleito Carlos Moisés da Silva (PSL) continua fazendo mistério sobre sua equipe de governo, não concede entrevistas e trabalha nos bastidores somente. Sabe-se que ele articula uma reforma administrativa junto ao governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) para ser enviada ainda neste ano à Assembleia.
Porém, as chances de algum projeto importante passar ainda neste ano na Alesc são improváveis. A começar pelos prazos regimentais, que não seriam cumpridos em pouco mais de um mês. Segundo que 22 dos 40 deputados não foram reeleitos e, portanto, não estão nem aí para facilitar a vida de quem vem por aí. Deve ficar mesmo para o ano que vem.
JOVENS DO CAMPO
Jovens da região participaram de encontro na terça-feira, 13, em Mafra. Eles fazem parte de um programa da Epagri que visa preparar os jovens para a sucessão na propriedade rural.
BOA NOVA
A sinalização do governo Bolsonaro de liberar mais recursos para Estados e Municípios a fim de que estes entes administrem serviços hoje nas mãos da União é boa, mas demanda muita responsabilidade dos gestores estaduais e municipais. Não se trata de grana extra, trata-se de transferência de responsabilidades.
DISPUTA PELA ALESC
Entre eleitos e reeleitos já começam as movimentações para a disputa pela mesa diretora da Assembleia Legislativa. Ao contrário dos anos anteriores, não deve ter acordo para divisão de mandato. Valdir Cobalchini (MDB), que tem base eleitoral em Caçador, deve disputar o mandato com o veterano Julio Garcia (PDS). Porém, tem Milton Hobus (PSD), Moacir Sopelsa (MDB) e Mauro de Nadal (MDB) correndo por fora.
O CANDIDATO QUE ENCOLHEU
Silvio Dreveck (PP), atual presidente da Alesc, não se reelegeu. Sem ter levantado uma palha do chão em favor do Planalto Norte (ele tem base em São Bento do Sul) e com um mandato de presidente de costas para a sociedade, comprou um prédio de R$ 8 milhões para acomodar a inchada estrutura administrativa da Alesc, quando deveria lutar para enxugar o quadro. No seu caso, a Presidência lhe deu visibilidade negativa. Perdeu uma excelente oportunidade de crescer politicamente.
PARADA GARANTIDA
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) obteve decisão judicial para garantir a autorização e o auxílio do Município de Balneário Camboriú para a realização da Parada da Diversidade, marcada para este domingo, 18. A decisão foi proferida em mandado de segurança ajuizado pela 6ª Promotoria de Justiça de Balneário Camboriú para garantir o direito de reunião e manifestação, previsto constitucionalmente.
A ação foi ajuizada em virtude da resistência da Prefeitura de Balneário Camboriú em autorizar a Parada da Diversidade. A liminar foi deferida pelo Juízo da Vara da Fazenda Pública e determina, conforme requereu o promotor de Justiça Jean Michel Forest, que a Prefeitura de Balneário Camboriú permita, auxilie e torne possível a realização do evento no próximo domingo, das 14h às 19h.