Movimento diz que a empresa concorda em pagar reajuste que Sindicato discorda
Cerca de 150 dos 320 funcionários da rede de supermercados Bruda, com duas unidades em Canoinhas e uma em Papanduva, protestaram em frente ao Sindicato do Comércio de Canoinhas na manhã desta quinta-feira, 19.
Os manifestantes reclamam da recusa do Sindicato em homologar acordo feito entre os funcionários da rede e a direção da empresa. De acordo com Nilza Granemann, uma das líderes do movimento, a empresa e os funcionários concordaram em reajuste salarial de 9,9% a partir de abril, mais 4% que ficou da reposição do ano passado, totalizando, portanto, 13,9%. “Não podemos ficar com nossos salários como estão considerando essa inflação. Queremos deixar claro que a nossa encrenca é com o Sindicato”, afirma.
A direção dos Supermercados Bruda autorizou os funcionários a participarem do manifesto.
EMPRESA
Segundo um dos administradores do Bruda, Alisson Jarschel, a medida dos funcionários foi apoiada pela empresa porque não há diálogo com os Sindicatos que representam as categorias – o patronal e o funcional. “Ficam os dois (sindicatos) batendo cabeça pra ver qual quebra antes”, diz o empresário.
Jarschel afirma que os funcionários estão sem reajuste desde o ano passado, com o salário corroído pela inflação. “O Sindicato acha que pode conseguir reajuste maior, mas não olha para a situação do país”, diz referindo-se à crise econômica.
O empresário garantiu que assim que homologado o acordo, os pagamentos serão retroativos.
Jarschel disse, ainda, que o Sindicato espera conseguir na Justiça aumento de 13%, o que para ele é uma utopia.
No próximo dia 17 de junho haverá uma audiência conciliatória na Justiça do Trabalho para tentar resolver a questão.
Procurada pelo JMais, a responsável pelo Sindicato do Comércio, Inis Senn, não foi localizada.