Dois projetos de lei apresentados na semana passada pedem a extinção das autarquias
A possível extinção das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs) repercutiu na tribuna da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira, 6. Os deputados Altair Silva (PP) e Manoel Mota (PMDB) polarizaram a discussão sobre a eficácia das agências, antigas Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDR).
Altair Silva disse que está disposto a trabalhar firme pela extinção das ADRs. “Esse modelo consome mais do que um Fundam por ano, precisamos de recursos para conservar as estradas e investir em saúde, são bem claras as necessidades da população”, argumentou. O deputado Manoel Mota mostrou-se ofendido com a defesa da extinção da ADRs, o legado do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, falecido em 2015. O parlamentar argumentou que as antigas SDRs possibilitaram desenvolvimento regional e descentralização de recursos, já que as licitações são feitas regionalmente, como é o caso das reformas das escolas. Ele acrescentou que, com a extinção, todos os servidores e os serviços prestados precisariam ser transferidos para Florianópolis.
Silva contra-argumentou que os tempos mudaram. “O tamanho do Estado está grande demais para o bolso do cidadão.” Na opinião dele, as 35 agências regionais não promovem desenvolvimento e não resolvem os problemas locais. “Se elas fossem úteis, os deputados não receberiam tantas visitas de vereadores e prefeitos em busca de recursos e pedindo ajuda para resolver problemas. Se é que serviu em algum momento, esse modelo já se esvaiu.” O deputado acrescentou que não se trata de ser contra alguém, nem tampouco de desrespeitar a memória do ex-governador, mas de uma necessidade imediata de economizar recursos.